Resenha: Aspectos Lógico-filosóficos da Organização do Conhecimento na Esfera da Ciência da Informação
Por: Ester Almeida • 20/4/2018 • Resenha • 806 Palavras (4 Páginas) • 325 Visualizações
Universidade Federal do estado do rio de janeiro
centro de ciências humanas - cch
Biblioteconomia - Bacharelado
ester Almeida e albuquerque
resenha:
Aspectos Lógico-filosóficos da Organização do Conhecimento na Esfera da Ciência da Informação
Rio de Janeiro
2018
ester almeida e albuquerque
resenha:
Aspectos Lógico-filosóficos da Organização do Conhecimento na Esfera da Ciência da Informação
Trabalho apresentado ao curso Bacharelado em Biblioteconomia da UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janiro, para a disciplina Organização de Conceitos em Linguagens Documentárias.
Prof. Mirian Gotijo
Rio de Janeiro
2018
MONTEIRO, Silvana Drummond; GIRALDES, Maria Júlia Carneiro. Aspectos Lógico-filosóficos da Organização do Conhecimento na Esfera da Ciência da Informação. Inf. & Soc. Est., João Pessoa, v.18, n.3, p. 13-27, set./dez. 2008.
O artigo a ser discutido nessa resenha de conteúdo expositivo discorre sobre o desenvolvimento da ciência de organização do conhecimento, seguindo sua linha do tempo desde a antiguidade até os dias modernos por meio de seus pressupostos históricos e filosóficos. Ambas as autoras, Silvana Drummond Monteiro e Maria Júlia Carneiro Giraldes, são atualmente docentes no departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Monteiro, é Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Carneiro é Mestre em Ciência da Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAM).
A narração do estudo começa afirmando a seguinte declaração: A preocupação com os estudos sobre a área de Organização do Conhecimento não é um fato recente, ela se mostra presente no campo da Ciência da Informação desde a Grécia antiga.
Os primeiros autores que estudaram o conhecimento contemporâneo foram os filósofos da Grécia, e o primeiro filósofo a dividir ou classificar o conhecimento foi Platão, que o dividiu em 3 partes, sendo essas Lógica, Física e Ética (VICKERY, 1980).
Outro filósofo grego teve grande importância na história da organização do conhecimento, e esse foi Aristóteles. Ele determinou as diretrizes da classificação do conhecimento que prevaleceram por dois mil anos, com o nascimento e a estruturação da Lógica. Aristóteles ainda classificou os conceitos estabelecendo as chamadas “dez categorias”, categorias metafísicas que classificam palavras em relação ao nosso conhecimento do ser.
A partir da concepção aristotélica, Porfírio descreve como as qualidades atribuídas às coisas podem ser classificadas, quebrando o conceito filosófico da substância como um relacionamento do tipo gênero/espécie. A sua famosa árvore ilustra sua classificação lógica da substância. Para Porfírio, os conceitos se subordinam, partindo dos mais gerais até chegar aos menos extensos. A imagem das árvores do conhecimento, com as suas estruturas hierárquicas e universais, também são metáfora-chave da Idade Média (MONTEIRO; GIRALDES, 2008)
Já na Idade Média, segundo Burke (2008) são três os principais sistemas de classificação e organização do conhecimento: a organização dos currículos, a ordem das bibliotecas e as enciclopédias.
Os currículos eram organizados em 2 graus de estudo. No primeiro deles estava contemplada a gramática, a dialética e a retórica, formando o trivium, e a Aritmética, Geometria, Música e Astronomia, formando o quadrivium ou via quádrupla, termo empregado por Boécio (séc. VI d.C), estágio de estudo mais avançado. O segundo grau de estudo, porém, dava a possibilidade de o estudante escolher entre três faculdades, sendo elas Medicina, Direito e Teologia. A ordem das bibliotecas e bibliografias seguiam o sistema ditado pelas disciplinas.
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