Resenha Hobsbawn A Era das Revoluções
Por: lauranmorais • 19/9/2019 • Resenha • 678 Palavras (3 Páginas) • 175 Visualizações
A Revolução Industrial e a Revolução Francesa foram acontecimentos de grande impacto para suas respectivas populações, os efeitos de tais episódios resultaram em diversas mudanças políticas e sociais que afetaram não só suas próprias áreas e sim além delas. É importante analisar a fundo quais mudanças sociais foram essas e o que decorreu a partir das mesmas.
Quando se trata especificamente da burguesia britânica, é necessário deixar claro que ao contrário do que ocorreu na França, os efeitos da revolução industrial foram menos drásticos porém mais profundos. Na Grã-Bretanha, um dos resultados da revolução foi a criação de um novo bloco de burgueses que eram muito numerosos para serem absorvidos pela própria - e não o fariam sem ser em seus próprios termos. Essa nova “classe média” era, ao princípio, contra a sociedade aristocrática e faziam isso em combinação com os trabalhadores pobres, porém, mais tarde isso mudaria e se tornaram contrários aos proletários e os proprietários de terras.
Esses novos burgueses personificavam papéis bem claros - os homens o dinheiro, e as mulheres a virtude de classe, ou seja, a ignorância.
Seus homens personificavam o dinheiro, que provava seu direito de dominar o mundo; suas mulheres, que o dinheiro dos maridos privava até da satisfação de realmente executar o trabalho doméstico, personificavam a virtude da classe: ignorantes ("seja boa, doce donzela, e deixe quem quiser ser inteligente"), sem instrução, pouco práticas, teoricamente assexuadas, sem patrimônio e protegidas. Elas foram o único luxo a que se permitiu a era da frugalidade e do cada um por si. (HOBSBAWN, 1977, p. 210)
O autor deixa claro ao decorrer do texto que apesar das similaridades dos burgueses no continente europeu, os britânicos eram mais rígidos devido a desconexão das velhas tradições da vida urbana e do paternalismo, e além disso tinham enorme confiança obtida devido o constante enriquecimento adquirido, fé no liberalismo econômico e repulsa por qualquer atividade que não fosse econômica.
Então, para a burguesia, havia apenas quatro caminhos profissionais a se tomar: os negócios, a educação, as artes e a guerra. A educação em particular originava três caminhos, sendo eles o funcionalismo público, a política e as profissões liberais e, apesar que nem ela nem os negócios fossem fáceis para todos a educação exigia um investimento maior pela a precariedade do ensino público - mesmo nos países desenvolvidos.
Agora, quando se trata da parcela menos favorecida da sociedade britânica, os trabalhadores tinham três opções: lutar para se tornar burgueses, permitir que fossem oprimidos ou poderiam se rebelar. A primeira alternativa era, além de desagradável, extremamente difícil para aqueles sem recursos por consequência da sociedade individualista que era teoricamente acompanhada do lema “cada um por si e Deus por todos”, mas apesar disso, claro que havia aqueles a tinham como principal objetivo. Em contrapartida, existiam aqueles que visto a condição social e toda a depredação que eram submetidos, partiam para a desmoralização que muitas vezes era acompanhada do alcoolismo - apesar deste não ser exclusivo da classe trabalhadora e muitos dos patrões partilhavam do mesmo vício. Com essa desmoralização, houve a volta de doenças
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