Resumo Antigona
Ensaios: Resumo Antigona. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: taylorranepabula • 9/11/2014 • 701 Palavras (3 Páginas) • 537 Visualizações
In
trodução
A peça
Antígona
, de Sófocles, marcou a História e vem sofrendo as mais variadas
interpretações ao longo dos séculos. Trata-se de um ícone da tragédia grega, que demonstra as
contradições presentes na natureza humana, além de suscitar uma profícua reflexão jurídica
por abranger temas sobre organização social, modos de governar, discussões sobre justiça,
dicotomia entre direito natural e direito positivo, sobre a distinção entre o que é legal e moral,
alternativas para resolução de litígios, dentre outros. Deste modo, mostra-se imperioso
conhecer um pouco mais acerca dessa obra, que já se tornou patrimônio da humanidade, bem
como compreender os liames jurídicos que transparecem ao longo da peça. Contribuindo para
este escopo, o presente estudo de
Antígona
delimita a abordagem na noção de legitimidade do
poder, por consistir o cerne jurídico da obra, tratado a partir dos confrontos entre os dois
heróis trágicos: Antígona e Creonte.
Metodologia
O presente estudo utilizou-se do método indutivo, acionando como técnica a pesquisa
bibliográfica, por meio da qual se chegou aos resultados aqui expostos.
2666
X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009
Resultados
D
e
autoria de Sófocles,
Antígona
se revela como uma das mais intrigantes peças da
tragédia grega. Em suma, esta peça pode, didaticamente, ser dividida nas seguintes partes: a)
o diálogo entre Antígona e sua irmã, Ismena, acerca do decreto tirânico de Creonte; b) a
reiteração do conteúdo deste decreto por parte de Creonte, quando este ordena seus guardas a
não terem piedade de quem infringir a ordem do rei; c) a descoberta da violação do decreto
por parte de Antígona; d) a discussão desta com Creonte; e) o diálogo deste com seu filho,
Hémon; f) o diálogo de Creonte com o adivinho Tirésias; g) o desfecho trágico da peça.
A peça em discussão apresenta uma série de interpretações, que foram construídas por
diversos autores ao longo da História a exemplo de Aristóteles, Goethe e Hölderlin. Contudo,
o que interessa aqui é o cerne jurídico da obra, que consiste na problemática da legitimidade
do poder soberano, como já aludido.
Em síntese, essa problemática começa com o edito do rei Creonte, que decreta a
ordem de ninguém poder sepultar Polinices, suposto traidor da pátria. Contudo, Polinices é
irmão de Antígona, a qual não se conforma com a ordem do rei, e busca a todo custo violá-la,
não por querer infringir esta ordem, mas por ser necessário fazê-lo para que enterre com
dignidade seu irmão. Antígona enfrenta, sozinha, a força do rei, a incredulidade de sua irmã, e
outras posições contrárias, porém leva a efeito seu desígnio até o fim, até que é descoberta.
Quando isso ocorre, trava-se entre ela e Creonte um debate repleto de reflexões
jurídicas, pois este reafirma a validade de seu decreto, enquanto Antígona a nega, por
entender contrário às leis divinas. Creonte demonstra pública reprovação a quem não é leal a
Tebas, exigindo obediência ao Estado e respeito às leis, preocupações estas de índole política.
De
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