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Resumo Da Genealogia Da Moral

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Por:   •  7/3/2015  •  627 Palavras (3 Páginas)  •  325 Visualizações

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Na “primeira dissertação (bom e mau / bom e ruim)”, Nietzsche considera que existam duas classes: a dos senhores (nobres) e a dos escravos, onde a classe senhorial subdivide-se em duas classes rivais: a guerreira e a sacerdotal.

A primeira classe (guerreira) é a dominante, cultua a virtude do corpo, e a segunda (sacerdotal), concebe o espírito. Então, desta rivalidade surgem duas morais: “a moral dos senhores (nobres) e a moral dos escravos”. Para o filósofo, “nobre” seria o indivíduo com uma afirmação positiva em si mesmo (eu som bom, eu sou belo, eu sou forte). Seriam os conquistadores, os poderosos, os senhores. Não dependem de nada e de ninguém para sentirem-se felizes, somente de si próprios. Deste conceito, cria-se por contraposição o ruim para tudo aquilo que não é belo e nobre, ou seja, é ruim ser plebeu, ser pobre, ser vulgar.

A “moral de escravos”, entretanto, é a moral do ressentido, ou seja, para ser feliz precisa comparar-se a outro sujeito que lhe é diferente, que lhe é superior. Forma-se uma negação de valores, ou seja, de início, não é ele que é bom, mas são os valores do nobre que são maus (exercício do pensamento ressentido), e desta inversão de valores, e após negar a bondade no nobre, o colocará como mau, pois; “eu que sou inferior e fraco é que sou bom”, ele que é forte “é mau, pois me inferioriza”.

Nietzsche trabalha o tempo todo com a ideia do conjunto de forças contrapostas que se chocam. Nesta acepção, o ser ressentido é o sofredor se comparado com o nobre. Ele, quando sofre a ação, de início se ressente se retrai e se ofende. Culpa o nobre pela sua situação de inferioridade, e por meio desta ação, acaba por reagir. O autor relata que nossa cultura é a do ressentimento, predominando deste modo a força escrava, herança do povo judeu que teve continuidade com o cristianismo, onde Roma era nobre e a Judéia – escrava. Concluiu-se pela vitória dos escravos sobre os nobres, onde o povo judeu acabou por se vingar de seus fortes e nobres dominadores por via da artéria espiritual, com a prevalência de que somente os desgraçados são bons, aqueles sofredores e enfermos. Tem-se então a transmutação de impotência em bondade, baixeza em humildade, covardia em paciência.

Então, Nietzsche deixa em dúvida a bondade dos escravos. Ele joga no contexto da obra a ideia de que a imagem de fraco e vulnerável seria apenas uma maneira perversa de contra-ataque e tomada de poder. Quando usa o cristianismo como continuidade do ressentimento judaico, (e aí a polêmica), acaba por dizer que a batalha foi vencida pelo escravo ressentido, incluindo nesta conjuntura o cristianismo e o próprio cristo como líder, jogando com a ideia (porém nunca afirmando) de que, ao tragar a moral dos nobres, a moral escrava perversamente seria a parte forte e má da relação, que teria usado de subterfúgios para vencer toda uma concepção nobre que estaria no domínio por séculos.

Deste modo, o negar a bondade no nobre e tomar posse da mesma pela inferioridade fazem com que surja, nos escritos de Nietzsche uma figura denominada niilismo, que nada mais é do que dizer não á vida, negar a potência natural do ser humano em prol do processo ressentido de negar.

Deste contexto, o autor aufere a necessidade de preservação da figura do nobre na vida do sujeito, pois é o que mais se aproxima do conceito de criança.

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