Resumo Dirigido "Os Historiadores do Ceará" de Eduardo Diatahy B. de Menezes
Por: Guilherme Cavalcante • 17/1/2022 • Resenha • 954 Palavras (4 Páginas) • 260 Visualizações
Resumo dirigido – História do Ceará I
Nome: Guilherme da Costa Cavalcante
Título do texto: “Os historiadores do Ceará” de Eduardo Diatahy B. De Menezes.
Tema:
Apresenta as mudanças que ocorrem no âmbito da produção historiográfica cearense, levando em consideração as produções feitas antes e depois da criação do Instituto do Ceará, que o autor denomina de primeira e segunda fase. A terceira fase coincide com o aumento do academicismo, e com a produção de teses e dissertações, além de apresentarem novas técnicas e metodologias.
Perspectiva teórica:
Historiografia do Ceará, já que se trata de um texto onde é analisada a produção de obras referentes à História do Ceará. É percorrido durante o texto um caminho onde diversas obras e autores são citados de forma progressiva, e que correspondem a trajetória da historiografia cearense.
Fontes utilizadas:
Fontes manuscritas: Cartas de Barão de Studart, 1893; Correspondência do Senador Pompeu, 1961, 1965; Correspondência de Capistrano de Abreu, 1977, etc;
Fontes impressas: Revista Instituto do Ceará, Jornal O Cearense, Jornal Fraternidade, Revista da Academia Cearense, Boletim do Museu Histórico do Ceará.
Bibliografia:
ABREU, Capistrano de. Sobre uma história do Ceará. Revista do Instituto do Ceará, t.13, p.22
MENEZES, Bezerra de. A. Algumas Origens do Ceará (Fortaleza: Typ. Minerva, 1918).
BRÍGIDO, João: O Ceará (lado cômico) – ad ridentum. Algumas chronicas e episódios. Fortaleza: Edictor Louis C. Cholowieçki, 1899, p. 51.
Resumo:
A historiografia é um termo onde há muitas concepções possíveis de serem trabalhadas. As principais consistem no trabalho realizado pelo historiador, ou seja, a escrita da pesquisa histórica, e a outra como o estudo sistemático dessa pesquisa. No século XVII, com o início das expedições portuguesas no território que hoje chamamos de Ceará, já existem registros de Diogo de Campos Moreno, que em seu Livro que dá Razão do Estado do Brasil, descreve a capitania como fraca para canaviais e roças, mas favorável para criação de gado, também é citado a falta de chuva na região. Em 1816, o Ouvidor José Antônio de Rodrigues de Carvalho atrela às razões do atraso da capitania a violência e indiferença dos habitantes perante aos crimes que ali ocorriam. João Brígido classifica esses habitantes de bons, burros e bravos.
Para muitos especialistas, o Ceará é considerado o estado brasileiro com maior riqueza no âmbito da historiografia regional, e isso muito por conta da criação da Revista Histórica do Instituto do Ceará, palco de vários protagonistas como Barão de Studart e Capistrano de Abreu. Durante 1850 e 1860, o Ceará inicia a elaboração de sua própria História, onde é possível ser dividida em três períodos.
O primeiro período é denominado de fase do pioneirismo, visto que é onde se iniciam esses trabalhos historiográficos e surgem os primeiros intelectuais dispostos a escrever sobre a nossa história. Entre esses intelectuais podemos citar o Senador Pompeu, considerado o iniciador de nossa historiografia. Pompeu deixou uma ampla obra, alguns textos com intuito didático, e um monumental Ensaio Estatístico da Província do Ceará, que possui dois tomos. Outro nome de bastante prestígio é o de Tristão de Alencar Araripe, autor da primeira História do Ceará propriamente dita. Essa época coincide também com enormes secas que atingiam a província e com a vinda da Comissão Científica enviada pelo Imperador para estudar essas secas.
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