Resumo: Jurandir Malerba
Por: Juliana Santos • 3/3/2019 • Abstract • 433 Palavras (2 Páginas) • 206 Visualizações
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Instituto de Humanidades
Curso: Licenciatura Plena em História
Disciplina: História e Historiografia da América
Docente: Rafael da Cunha Scheffer
Discente: Juliana da Silva Santos
Resumo: MALERBA, Jurandir. A História na América Latina: ensaio de crítica historiográfica. Rio de Janeiro: FGV, 2009, p. 13–48.
Jurandir Malerba é Doutor em História Social pela USP, tendo lecionado como professor visitante em Oxford, Inglaterra e em Georgetown, Estados Unidos, sendo também Titular livre da UFRGS, atuando em pesquisas com Brasil, teoria e historia da Historiografia.
O autor traz como tema central a busca por apresentar e ao mesmo tempo dialogar com a produção historiográfica da América latina, perfazendo uma linha histórica dessa produção fazendo com que o leitor compreenda as mudanças ocorridas ao longo do tempo. Ele inicia o texto chamando atenção para o avantajado desenvolvimento historiográfico latino americano em um período de 30 anos, considerado curto se levarmos em consideração a qualidade das produções, e alerta que com tamanho desenvolvimento é urgente e necessária uma demanda de organização e crítica a essas produções.
Malerba destaca a década de 1960 como de importância fundamental onde a historiografia latino-americana passa por processos de crises e desvios onde se passam a analisar partes de um todo historiográfico. Para chegar a essa conclusão ele faz uma análise pré-década de 1960 no intuito de compreender os fatores que levaram a explosão de produções nesses anos e qual a contribuição do marxismo nesse espaço.
A intenção do autor é apresentar com as grandes linhas historiográficas se desenvolveram nas últimas quatro décadas no tocante a produção latino-americana. Segundo a analise do autor esse período é marcado pela radical recusa da história de caráter holístico e abriu espaço para novas modalidades da escrita da História focada em objetos construídos em menor escala.
O ponto alto do texto é exatamente a análise das principais obras das correntes historiográficas desse período, onde o autor expõe referências, problemáticas, temas e debates que vem fomentando a produção latino-americana.
Malerba faz uma crítica pertinente a essa setorização de estudos, segundo ele a excessiva fragmentação do objeto de estudo resulta em um entendimento compartimentado da cultura e dificulta o entendimento e a obtenção de um panorama geral de um determinado local. Além disso, ele alega que problemas advindos de sociedades típicas liberais não comportam as particularidades históricas da América Latina.
É possível compreender que o autor tende a refutar o legado positivo do pós-estruturalismo, que se vê refletido nas novas tendências historiográficas na América Latina a partir dos anos 60. Segundo ele “o que há de novo na historiografia latino-americana se encontra no passado, estando o presente pleno de pastiche e cópia” (MALERBA 2009, p. 120).
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