Resumo "Os índios na História da Bahia" cap 9
Por: Wesley Flicts • 2/8/2017 • Abstract • 1.127 Palavras (5 Páginas) • 411 Visualizações
A autora inicia sua análise a partir da afirmação de Darcy Ribeiro contando que nos primeiros vinte anos de república há um silêncio na política indigenista, em contrapartida foram implementados diversos avanços infraestruturais ; estas obras geraram conflitos com os indígenas, e as notícias sobre os enfrentamentos se espalharam pelas capitais, gerando comoção na sociedade urbana. As populações de fronteira, por outro lado, exigiam medidas de segurança para o término das obras e p ara a integridade dos sertanejos e colonos estrangeiros residentes nas áreas de conflito. Os estrangeiros contratavam bugreiros para o extermínio dos indígenas, o que era defendido com base em argumentos teóricos pelos mais radicais. Entretanto o extermíni o como forma de resolução do problema indígena não era aceito pela sociedade citadina, pois na população urbana perdurava a imagem romantizada do indígena, estereotipada, do "bom selvagem". Já os "sertões" viam o indígena como selvagens, ferozes e violento s; muitas vezes era necessário imaginálo como não humano para justificar as violências praticadas visando sua retirada do território desejado. Monteiro afirma que um padrão bipolar binômio (selvagem/civilizado) foram fatores condicionantes do modo como é interpretado o passado indígena. Esse padrão gerou impacto principalmente na formulação de políticas que afetaram diferentes populações indígenas. Rondon é um dos responsáveis por relatar os conflitos com indígenas advindos das obras infraestruturais, seu s relatos despertaram o interesse das classes altas. Entretanto o pronunciamento que mais repercutiu foi o do alemão Ihering defendendo o extermínio dos índios hostis, causando a mais violenta revolta. A partir dessas discussões surgiram associações em def esa dos indígenas que dividiram-- se entre a laicizacão da assistência ou a assistência em bases religiosas. Além disso, sendo constatada uma crise agrícola pós abição, foi criado o Ministério da Agricultura e Indústria. E um dos papéis desse ministério era fazer com que o índio deixasse de ser índio e se tornasse cidadão brasileiro: catequese e civilização dos índios. Eles viam o índio como um estado, não admitiam o se "ser índio", mas sim o de se "estar índio". O Serviço de Proteção aos Índios e Trabalhado res Nacionais é instituído pelo decreto n° 8072 de 1910. Previa uma organização que criasse núcleos de atração de índios hostis, passasse a povoações para índios, afim de tornálos mais sedentários, e então a centros agrícolas, onde receberiam um pedaço de terra para se instalarem junto aos sertanejos. Outras modificações importantes acerca dos indígenas eram a proteção dos indígenas no seu próprio território, eles não poderiam ser levados para áreas já habitadas por nacionais, ficava proibido o desmembrame nto de famílias indígenas, eles teriam o direito à posse da terra, direito às suas crenças, podendo mudar apenas lentamente. Apesar das mudanças na legislação, não perdeuse o objetivo de tornar os indígenas trabalhadores agrícolas que dessem
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