Resumo Tempestade e Ímpeto: O Romantismo
Por: yasmiimf • 25/9/2015 • Resenha • 671 Palavras (3 Páginas) • 570 Visualizações
Resumo
Tempestade e ímpeto: O Romantismo
O Romantismo, movimento que estende do século XVIII, até meados do século XIX, surgiu como uma crítica ao Iluminismo, critica a modernidade, dizendo que a essência humana seria sua natureza pulsional, surgindo a ânsia pelo retorno ao mundo natural, seu exacerbado racionalismo, sendo contra a ideia que o homem se caracteriza como um ser pensante.
O Titulo deste capítulo (Tempestade e ímpeto) é uma referência a um movimento cultural e artístico do final do século XVIII. Todos pensam no Romantismo com uma imagem de delicadeza e suavidade amorosa, porém, o título nos alerta que está muito longe disso.
Para termos uma ideia de como se apresentou o Romantismo, faremos uma referencia a uma das primeiras novelas de Goethe, chamada Werther, onde se trata de um jovem que se cansa de sua vida na cidade e decide buscar refúgio na natureza, onde conhece uma linda moça por quem se apaixona, porém, a mesma já é noiva, e ele começa a alimentar fantasias de reciprocidade, o que é em vão, porque isso não acaba acontecendo. Então, ele decide realizar suicídio.
Nesse momento o homem romântico crê-se único, sua experiências mais profundas parecem-lhe incomunicáveis e radicalmente individuais. Desta concepção de experiência humana, nasce a ideia de gênio, onde podemos dar o exemplo de Bethoven, o fato de que ele tenha perdido gradativamente sua audição, fez com que ele compusesse de uma forma ainda mais intensa. Sua música parece expressar de forma direta o tormento ou entusiasmo em que se encontrava no momento da composição.
A Auto-Crítica da Razão
No próprio interior do Iluminismo, surge um movimento de auto-critica às possibilidades da razão alcançar o conhecimento pleno.
Temos como exemplo, Descartes, que tinha chegado a conclusão de que todos objetos do mundo eram incertos, restando como único ponto fixo e absoluto o próprio eu, enquanto ser pensante. E também temos o exemplo de Kant, com sua principal obra “Crítica da Razão Pura”, onde chega a conclusão de que o pensar é organizado por categorias, estruturas que organizam tudo o que nos chega do mundo.
O eu encontra-se aqui com uma visão positiva de suas possibilidades, mas já não onipotente.
Figuras do Romantismo no século XIX
O Romantismo refere-se a manifestações bastante diversas, todos parecendo criticar os projetos da Modernidade e remitir a algo maior e anterior ao eu. Porém, no século XIX, ele assumirá aspectos diferentes. Muito deles são no sentido de que o eu aparece reduzido diante de um elemento maior como a paixão, que chamamos de anti-humanistas. Mas por outro lado, o romantismo é importante no desenvolvimento do sentido de interioridade e profundidade da alma humana que chamamos de individualismo.
A concepção de paixão tomará uma forma filosófica clássica com Arthur Schopenhauer, onde nos mostrará em sua obra “O Mundo Como Vontade E Representação” que o mundo é constituído por dois elementos, vontade e representação. Aqui se introduz o elemento anti-humanista. O homem, que acreditava ser a obra prima da criação, como centro do universo, vê se diante de um despojamento total de sua importância (ele não seria mais do que um invólucro que porta a vontade e que pode ser substituído.
Também podemos falar de Turner, cuja pintura representa frequentemente a grandiosidade das forças da natureza diante da impotência humana. E de Friedrich, que chama atenção em suas obras com a visão se perdendo da imensidão da paisagem e o homem ocupando posição marginal, quase de fundo.
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