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Revolução Inglesa

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Por:   •  9/10/2014  •  988 Palavras (4 Páginas)  •  824 Visualizações

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A REVOLUÇÃO INGLESA

INGLATERRA NA IDADE MODERNA

Do absolutismo á monarquia parlamentar

Foi na Inglaterra que surgiram as primeiras grandes transformações nas estruturas políticas e sociais que caracterizaram as sociedades europeias na Idade Moderna. Essas transformações integram o longo processo conhecido como Revolução Inglesa (1642-1689).

 Monarquia absolutista inglesa

O absolutismo inglês teve início com o rei Henrique VII (1457-1509), fundador da dinastia dos Tudor.

A dinastia dos Tudor governou a Inglaterra de forma absoluta, durante o século XVI, com o apoio da burguesia e da pequena nobreza rural (conhecida pela palavra inglesa gentry), pois seus interesses estavam em relativa harmonia. A gentry explorava a terra com fins lucrativos, ao contrário do que ocorrera entre a nobreza no antigo sistema feudal.

Vejamos algumas medidas adotadas pela monarquia inglesa que correspondiam aos interesses e ás expectativas desses dois grupos:

• A centralização do poder político, que garantia a ordem social.

• A uniformização da moeda, do sistema de pesos e medidas e das tarifas, que facilitava o comércio.

• A permissão concedida aos corsários ( piratas vinculados á Coroa) para atacar navios inimigos, possibilitando o acesso a diversos produtos, principalmente metais preciosos.

A Igreja Anglicana, controlada pelo Estado, também participava desse jogo de interesses: mantinha nas cerimônias a forma ritual católica, mas destacava o conteúdo calvinista da religião protestante. Como vimos, a ética religiosa calvinista era mais adequada aos valores burgueses em ascensão nesse período, uma vez que estimulava o trabalho metódico, a eficiência, a poupança e a acumulação de riquezas e legitimava o lucro.

A dinastia dos Tudor chegou ao fim com a morte de Elizabeth I. Sem descendentes diretos, o trono inglês ficou com seu primo Jaime (1566-1625), rei da Escócia, que se tornou soberano dos dois países com o título de Jaime I em 1603, inaugurando a dinastia dos Stuart, na Inglaterra e no País de Gales.

A partir daí, iniciaram-se os conflitos de interesses. Não satisfeito com o poder “de fato” que os Tudor haviam obtido, os Stuart quiseram exercer também um absolutismo “de direito”, isto é, reconhecido juridicamente, como o existente na França.

Nesse momento, o absolutismo tornou-se incômodo aos interesses da burguesia e da gentry, que dominavam o Parlamento.

Essa luta pelo poder entre monarquia e Parlamento teve reflexos no campo religioso. Para conseguir o apoio da nobreza católica tradicional, o rei estabeleceu, por meio de uma severa legislação religiosa, que a Igreja Anglicana deveria valorizar a forma litúrgica católica, em vez de conteúdo calvinista.

Os calvinistas ingleses, chamados de puritanos, queriam uma Igreja desligada do poder do Estado, na qual os bispos não fossem nomeados pelo rei. Cada igreja (templo) seria dirigida por um pastor indicado pelo conselho dos membros mais idosos da igreja (presbíteros).

 Processo revolucionário

A Revolução Inglesa pode ser dividida em quatro etapas principais:

• Guerra civil (1642-1648);

• Regime republicano (1649-1659);

• Restauração monárquica (1660-1688);

• Revolução Gloriosa (1688-1689).

Vejamos, então, os principais acontecimentos de cada uma delas.

Guerra civil: a morte do rei

Irritado com a posição parlamentar, Carlos I mandou sua guarda invadir a sede do Parlamento e prender seus principais líderes. Estes, por sua vez, organizaram tropas para lutar contra as forças do rei. Teve início, assim, a guerra civil.

Na divisão das forças em conflito, estavam do lado do rei, principalmente, a nobreza anglicana e a católica. Do lado do Parlamento estavam, basicamente, a burguesia, a gentry, os yeomen e os camponeses pobres.

A guerra civil chegou ao fim com a vitória das tropas do Parlamento. O rei Carlos I foi preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30 de janeiro de 1649.

Regime republicano: o protetorado

Após esmagar as oposições, Oliver Cromwell instalou na Inglaterra o regime republicano, comandando o país de 1649 a 1658. A

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