Rousseau Iluminado
Seminário: Rousseau Iluminado. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 7/8/2014 • Seminário • 473 Palavras (2 Páginas) • 304 Visualizações
O iluminado Rousseau
A crise política da modernidade abriu espaço para o desenvolvimento de novos parâmetros sociais e científicos, desgastando as relações sociais e questionando os privilégios ainda existentes na sociedade, herdeira da tradição medieval.
O iluminismo produziu grandes pensadores na modernidade que muito contribuíram para romper com o modelo da sociedade conservadora do antigo regime.
O conjunto de ideias que se propagou pela Europa no século XVIII atravessou fronteiras e influenciou importantes movimentos políticos, como a Independência dos Estados Unidos e a Conjuração Mineira, no Brasil. Foi na França que o movimento encontrou mais espaço de atuação, apesar de não ficar restrito a essa nação. Entre panfletos, livros e artigos, as ideias iluministas penetraram em discussões profundas sobre o Estado, a sociedade, a educação, o meio ambiente, a legislação entre outras temáticas. Mas, sem dúvida, seu principal alvo, por meio de um estudo profundo e reflexivo sobre a forma de governo e a função do Estado, foi o absolutismo monárquico (antigo regime), pois consideravam o antigo regime “as trevas da superstição e da ignorância”.
Podemos afirmar com certeza que esse movimento renovou o pensamento e a intelectualidade europeia, inclusive nas ciências, com Leibniz, Kepler e progrediu intensamente durante os séculos XVII e XVIII consolidando a revolução filosófica do século XVIII.
Apesar de não haver uma uniformidade no pensamento dos iluministas, suas ideias foram de certa forma apropriadas pela nova classe nascente, a burguesia, e serviram de base para as chamadas revoluções burguesas.
Como forma de homenagear Jean-Jacques Rousseau, em comemoração ao tricentenário de nascimento do autor de O contrato social e classificado como defensor da vontade do povo, vamos conhecer um pouco sobre o pensamento político deste importante filósofo iluminista. Em sua obra mais conhecida, O contrato social, Rousseau desenvolveu a concepção de que a soberania reside no povo, ou seja, a soberania é do povo e não do rei. Para ele, o governo não manda, mas obedece. Esse princípio contribuiu para uma ampla reflexão sobre as funções do poder legislativo, o qual, segundo o pensador, deveria ser fortalecido diante da sociedade, sendo a soberania o exercício da vontade geral, representado no ato de elaborar leis.
O poder executivo deveria estar sempre submetido à vontade geral, e mais, cumprir o que as leis estabelecem. Mas, Rousseau, considerado o grande defensor da liberdade e da democracia, não defende esse instituto tal como o conhecemos hoje, a democracia representativa, mas uma democracia vinculada à soberania popular.
Sua obra não se limitou aos estudos da organização política dos Estados, ele, também, apresentou várias contribuições na área da educação, defendendo uma visão mais humana e afetiva do ensino, afinal era um crítico do racionalismo. É considerado como o precursor do ecologismo contemporâneo, defendendo o valor da natureza, do mundo selvagem.
Caminhar pelos estudos rousseaunianos, seja na educação, na política, na ecologia ou nas linguagens, é um convite para formar homens livres de preconceitos e autonômos.
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