Sentido da Colonização - Resumo
Por: Matheus Henrique dos Santos Nascimento • 31/1/2017 • Resenha • 322 Palavras (2 Páginas) • 2.810 Visualizações
Segundo Caio Prado Júnior, todo povo tem um “sentido”, uma linha mestra que parte de
um ponto e segue rigorosamente rumo um objetivo. E ele explica esse “sentido”, as
particularidades das colônias de exploração a partir do desenvolvimento do comércio e
das navegações, no século XV.
Os pioneiros na expansão marítima são os portugueses, melhores situados
geograficamente. Se lançam ao mar com o objetivo de chegar ao Oriente contornando a
África. Os espanhóis tentam um outro caminho e chegam a América. Os portugueses logo
depois também conquistaram seu espaço no novo continente, mas a ideia de povoar não
ocorre inicialmente a nenhum país. O que realmente interessava era o comércio.
Inicialmente foram estabelecidas feitorias comerciais como existiam em outras colônias.
Contudo, na América por seu território primitivo e sua rala população indígena incapaz de
fornecer algo aproveitável pelo colonizador, tornou a feitoria algo inviável, sendo
necessário a indesejada colonização.
O primeiro problema da colonização são os gêneros aproveitáveis de cada território.
Iniciou-se com materiais extrativos, em especial as madeiras de construção e tintura
(Pau-Brasil), as peles de animais e a pesca (em especial no extremo norte).
Mas a colonização viria mesmo com a instituição de uma base econômica mais estável:
a agricultura. E a partir daqui Caio Prado Jr. apresenta as diferenças entre as colônia de
povoamento e exploração.
A questão climática determinou se a colônia seria de exploração ou povoamento. O clima
temperado do Norte não interessava a metrópole e, assim, tornou-se um local de
povoamento para o s puritanos que fogem da Inglaterra para habitar a região.
Já nas áreas tropicais se estabelece uma colônia de exploração, baseada na empresa do
colono branco, de caráter mercantil, voltada para o mercado exterior. E nossa economia
se subordina inteiramente a este fim, se organiza através de um sistema de plantation,
baseado na monocultura, trabalho escravo e latifúndios, e funciona para produzir e
exportar gêneros como algodão, açúcar, tabaco, etc. Sobre tal estrutura, diz Caio, se
constitui uma sociedade inteiramente original e são nessas bases que se lança a
colonização brasileira durante os primeiros três séculos, sendo este o sentido da
colonização.
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