SÍNTESE JOSÉ D' ASSUNÇÃO BARROS
Por: mikaelasousa • 5/3/2016 • Resenha • 592 Palavras (3 Páginas) • 2.466 Visualizações
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Disciplina: Introdução aos Estudos Históricos
Docente: Prof. Me. Eduardo de Melo Salgueiro
Discente: Mikaela de Sousa dos Santos
Turma: 2015
Síntese
BARROS, José D’Assunção. A teoria e a formação do historiador. In: ______. Teoria da História. Princípios e conceitos fundamentais. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. (V.1). p. 17-84.
José d’ Assunção Barros, historiador formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993), doutorou-se em 1999 pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente é professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Autor de distintas obras que aborda sobre teoria, metodologia e historiografia. O livro Teoria da História vol. I. Princípios e conceitos fundamentais no capítulo “A teoria e a Formação do Historiador” discorre sobre os diversos campos disciplinares. É importante mencionar que todo campo disciplinar independente de qual seja é histórico, no momento que vai surgindo e passa a ser percebido são criados vários outros campos de conhecimento. O autor apresenta as dez dimensões importantes para compreender a constituição de uma disciplina.
A disciplina é constituída através de interesses possíveis, é notável que algumas disciplinas tenham um determinado interesse em comum e se relacionam entre si, tendo o mesmo objeto de estudo, mas também pode sofrer mudanças ao longo da caminhada, cada campo disciplinar possui sua singularidade. A disciplina se torna única e específica, com sua própria identidade, um determinado campo de interesses pode ser abordado através de certa singularidade. Todo campo disciplinar quando desenvolve uma complexidade cria especializações, surgem novos campos intradisciplinares. A partir do século XX dentro do campo de história surgiram novos campos de atuação como a História Econômica, História Cultural dentre outros campos.
Para que uma disciplina obtenha sentido é necessário trabalhar com os três aspectos fundamentais: aspectos expressivos, aspectos metodológicos e aspectos teóricos. Todo campo disciplinar possui uma forma de expressar seus resultados e envolve métodos para problematizar as fontes adotando práticas teóricas. A interdisciplinaridade proporciona um diálogo entre distintas disciplinas, dois campos de saber podem contribuir um ao outro com troca de metodologias. A geografia, Antropologia e Psicologia beneficiam o campo da história com conceitos e metodologias que enriquecem ainda mais os estudos de história. “Multiplicaram-se cada vez mais os vínculos e as pontes interdisciplinares entre a História e a Geografia, estas duas ciências humanas cuja fraternidade epistemológica já vem de longa data”. (BARROS, 2013, pág.01) [1] No século XX os historiadores percebem a necessidade de dialogar com os outros campos disciplinares.
Porém uma disciplina possui interditos aquilo que é colocado como proibido aos seus praticantes, mais devido às transformações o que não faz parte do campo disciplinar pode vir para dentro e até mesmo algo que esteja dentro pode ser deslocado para fora. A rede humana é formada pelas pessoas que praticam ou praticaram certa disciplina e pelas obras realizadas. Tudo que os praticantes produzem no campo de saber junto à instituição modifica o próprio campo disciplinar. Cada praticante contribui de maneira diferente, e na medida em que o campo disciplinar vai desenvolvendo um amadurecimento, os praticantes iniciam uma reflexão sobre o campo, na história o “olhar sobre si mesma” se dá por meio da escrita da história, o sujeito busca compreender e analisar o desenvolvimento do trabalho realizado pelos praticantes e por ele mesmo. Todo campo disciplinar possui a sua própria história e se transformam ao longo do percurso disciplinar e a dez dimensões discutidas se relacionam entre si, cada característica é essencial para o campo disciplinar.
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