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Trabalho Teoria Do Valor

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Por:   •  29/6/2014  •  782 Palavras (4 Páginas)  •  381 Visualizações

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Inicialmente Smith tentou formular sua teoria do valor com base no valor de uso e no valor de troca das mercadorias. Para ele um bem não tinha a possibilidade de ser trocado se não possuísse um valor de uso, pois somente a capacidade de levar prazer ao usuário é que poderia fazer um bem digno de ser trocado. Caso contrário ninguém iria querer obtê-lo.

É também neste contexto que Smith fala sobre a escassez relativa marginal de um bem. Um exemplo citado por Smith e que pode demonstrar claramente esta teoria.

"As coisas que têm um maior valor em uso freqüente têm pouco ou nenhum valor para troca; e, pelo contrário, as que têm o maior valor de troca freqüentemente têm pouco ou nenhum valor de uso. Nada é mais útil do que a água; mas dificilmente se comprará alguma coisa com ela; dificilmente ela se trocará com alguma coisa. Um diamante, pelo contrário,dificilmente tem qualquer valor para uso, mas freqüentemente uma quantidade muito grande de outros bens pode ser trocada por ele." (HUNT, p.110)

Posteriormente, Smith na elaboração de sua teoria do valor descarta a hipótese da utilidade e se volta para o papel do trabalho. Ele diz que quando uma pessoa um bem que pretende trocar e não fazer uso próprio, seu valor corresponde a quantidade de trabalho que o bem lhe dá direito de trocar, ou seja, a quantidade de trabalho demandável.

Segundo Smith, "o preço real de todas as coisas (...) para o homem que as quer adquirir é o trabalho e o incômodo de adquiri-las." Sendo assim, um determinado produto que tivesse gasto uma hora de trabalho para ser produzido só poderia ser trocado proporcionalmente por outro bem que tivesse levado o mesmo tempo para ser produzido, ou então por dois bens que tivessem levado meia hora em sua confecção, e assim sucessivamente.

Partindo da teoria smithiana do valor, Ricardo elaborou sua teoria complementando com o que, segundo ele, faltava na de Adam Smith. Para Ricardo o valor de uma mercadoria devia ser dado a partir do trabalho contido, ou seja, deveriam ser contabilizados os esforços realizados também para a produção dos instrumentos de trabalho e não apenas o trabalho realizado na produção final.

A posição de Ricardo é que (...) o fato de que na economia capitalista uma parte do produto não retorna aos trabalhadores na medida em que se transforma em lucro ou renda fundiária, não impede totalmente que as mercadorias sejam trocadas segundo o trabalho nelas contido. (NAPOLEONI, 1982 p. 110).

Apesar de discordar em alguns pontos, Ricardo via na teoria de Smith algo que considerava correto para a formulação de sua teoria do valor: em uma economia capitalista simples, a quantidade de trabalho que uma mercadoria poderia colocar em movimento estava relacionada com a quantidade de trabalho contida nesta mercadoria, assim como no ato da troca de mercadorias, o trabalho contido em ambas seria considerado.

Outro princípio importante considerado por Ricardo para a precificação de uma mercadoria seria a satisfação que o produto poderia proporcionar a quem o adquirisse. Embora este não seja um item exclusivo na determinação do preço, era importante que fosse observado. Há ainda um terceiro ponto que segundo ele era de extrema relevância, a escassez. Alguns itens raros, como obras de arte, moedas velhas e livros

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