Trafico De Pessoas

Tráfico humano na atualidade e escravidão de negros e indígenas no passado

Não se pode falar em combate ao tráfico de pessoas sem falar de combate à pobreza e à desigualdade socioeconômica que existe no mundo, muito menos ainda sem enfrentar o problema da corrupção e pensar como cultura faz com que tudo se torne mercadoria. O tráfico de pessoas representa a escravidão da nossa época, escravidão da vida. A assinatura da lei Áurea, em 13 de maio de 1888, decretou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sob outra, porém o trabalho semelhante ao escravo se manteve de outra maneira.

Mundialmente o tráfico de pessoas movimenta grandes quantidades de dinheiro e ainda junto com tráfico de drogas e armas, sendo que as principais vítimas que pertencem aos grupos mais vulneráveis e discriminados que são as mulheres, asa crianças e os adolescentes. O que é mais preocupante é o aumento de crianças e adolescentes, principalmente meninas, que caem nas armadilhas dos traficantes. Se observarmos o tráfico de pessoas e escutássemos o grito de dor de tantas vítimas, teríamos a possibilidade de tomar cada vez mais consciência de situações e atitudes que tornam corpos e vida mercadoria, objeto de lucro e de prazer, porém essas pessoas não tem direito algum e ainda não tem acesso a meios que pode libertá-la dessa escravidão.

O tráfico acontece principalmente nessas regiões do mundo marcadas pela pobreza, instabilidade política e desigualdade econômica, sendo países que não oferecem possibilidade de trabalho, educação e perspectivas de futuro para os jovens e podemos observar como vem aumentando o número de pessoas traficadas nessas regiões mais pobres para destino de outras mais ricas. Um fator que influencia mundialmente no movimento das pessoas traficadas para serem exploradas sexualmente é a demanda, isto é, os gostos e as escolhas de quem adquirem serviços sexuais a pagamento.

Lembrando que a prostituição é uma das formas de exploração sexual, pessoas são traficadas por serem exploradas no trabalho podendo ser nas fábricas, nos trabalhos domésticos e nos âmbitos rurais. Exemplo são os casos dos cortadores de cana-de-açúcar no Brasil e outras formas de exploração são para a remoção de órgãos removidos não somente de corpos clinicamente mortos, mas até cruelmente retirados de crianças vivas, normalmente pobres e submetidas de várias maneiras, desde a compra até o roubo, adoções ilegais, casamentos forçados e tráfico de droga.

E a campanha de fraternidade de 2014 escolheu como tema uma das formas de criminalidade atuais que envergonham a humanidade, o tráfico humano. A campanha contribuir para reforçar a conscientização, a prevenção, a denúncia e o repúdio com relação a essa atividade ilegal, pois é fundamento a liberdade, a justiça e a paz no mundo, que as pessoas tenham direito de escolher a sua liberdade, a justiça e a sua paz.

O espaço da liberdade se reduz a algumas das necessidades básicas da vida, mas não dispõem nem do tempo, nem das relações humanas, nem de outros campos de decisão pessoal, muitas das vezes fica a nossa vida na mão de outras pessoas. A dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, sendo violado pela escravidão. É terrível reconhecer que, no Brasil e no mundo em que vivemos mesmo nos países mais desenvolvidos, temos situações que recuam a tempos anteriores às descobertas de humanidade que se fizeram na história e que se consagraram na modernidade. Trazemos péssimos hábitos dos nossos antepassados, a escravidão dos negros e dos indígenas atualmente como o tráfico humano simplesmente só mudando de nome, pois a escravidão atual é completamente terrível quando todos têm direitos de serem livres, ocorre de seres escravos, estamos em uma sociedade em que lucros vêm em primeiro lugar, pois a miséria, a impunidade e a ganância constituem-se em fatores geradores e mantenedores deste crime que violenta a dignidade humana. Com todas as vítimas, do campo e da cidade, bem como aos seus familiares, devem unir forças.

No Brasil presente permanece com nuvens escuras em relação ao trabalho escravo e à exploração sexual da mulher e de menores e o turismo sexual é preocupação constante no país, envolvendo até mesmo menor. Com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, eventos que aumentarão o afluxo de