Tópicos do Brasil Colonial Fórum
Por: ederebruna • 16/5/2021 • Exam • 3.213 Palavras (13 Páginas) • 169 Visualizações
Questão 1
Resposta 1
Boa noite Gilson, muito bom seu posicionamento. A autora diz que não só os europeus perceberam que em certas situações que seria benéfica a aliança, os indígenas assimilaram muito rápido o que estava em jogo, e logo de início já teceram uma rede de relações não só com os portugueses, mais também entre outras tribos e com outros europeus. O clima de disputa entre os índios tinha naquele espaço seus interesses representados, por sua fama de belicosos “formava-se um exército ajudando na proteção das novas terras” e praticamente única mão de obra disponível “visto que a utilização da mão de obra africana ainda se iniciava na América”, eles utilizavam disto para se beneficiar. Alternava-se em paz e conflito, mostrando que suas relações era um jogo de interesses, ou seja, esses povos se posicionavam e usavam diferentes estratégias segundo lhes convinha e lhes era favorável.
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Resposta 2
Boa noite colegas, Heraldo, ao meu ver os indígenas foram essenciais para a consolidação da colonização portuguesa, apesar dos vários grupos terem opiniões diferentes a respeito da colonização, uns totalmente hostis a colonização e outros apenas em algumas de suas facetas. Os portugueses conseguiram seu apoio em número superior aos europeus, isso pode ser afirmado no combate tanto os franceses na "Bahia de Guanabara" quanto dos espanhóis, holandeses e ingleses nas áreas de fronteira. Os indígenas ao ver as disputas e cobiças entre os povos europeus, puderam de certa forma escolher a que se aliar, na maioria das vezes de forma compulsória pois ou lutavam ou migravam. Resultado final de suas escolhas é nossa língua mãe.
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Resposta 3
Boa tarde colegas!
No texto fica claro que os europeus sempre precisaram do povo indígena para que o empreendimento colonial viesse a dar certo, além dos europeus encontraram certa resistência nos povos indígenas que eram infensos a colonização. Para angariar simpatia e contemplar certos interesses dos indígenas aliados, Tomé de Souza realiza uma separação dos povos nativos, utilizou a expressão amigos e hostis. Ondes os aliados da coroa recebiam de concessão de terras até certos privilégios como concessão de benefícios econômico e simbólico. Isso foi descortinado, pois até muito recentemente, os índios eram sujeitos praticamente ausentes em nossa historiografia, a visão simplista construída pelos historiadores que você mesmo citou dizia que sempre foram relegados à condição de vítimas passivas dos processos de conquista e colonização, seu destino inexorável era desaparecer à medida que a sociedade envolvente se expandia. Nas últimas duas décadas, porém, significativas mudanças teórico-metodológicas, associadas a criteriosas pesquisas empíricas, proporcionaram o surgimento de uma nova perspectiva sobre as populações nativas. A trajetória da inserção dos índios em nossa historiografia, contemplando as mudanças conceituais e os avanços obtidos pelas pesquisas recentes, foi muito bem sistematizada por Elisa Frühauf, Maria Regina Celestino de Almeida e vários outras historiadoras e historiadores.
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Resposta 4
Boa tarde Fábio e colegas!
Fábio sua colocação foi muito bem colocada e pertinente, O texto “Orientalismo o oriente como invenção do ocidente” de Said nos força a pensar seus estudos em comparação aquela visão eurocêntrica do índio como um ser inferior e atrasado. Podemos dizer que Said, Elisa Frühauf, Maria Regina Celestino de Almeida são defensores da mesma causa. “É um “grito de revolta e de indignação” de intelectuais contra o tratamento subalterno da cultura do “Outro”.
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Resposta 5
Boa noite pessoal, professora concordo plenamente com você, e digo mais, até muito recentemente, os índios eram sujeitos praticamente ausentes em nossa historiografia. Relegados à condição de vítimas passivas dos processos de conquista e colonização, seu destino inexorável era desaparecer à medida que a sociedade envolvente se expandia. Nas últimas duas décadas, porém, significativas mudanças teórico-metodológicas, associadas a criteriosas pesquisas empíricas, proporcionaram o surgimento de uma nova perspectiva sobre as populações nativas. A trajetória da inserção dos índios em nossa historiografia, contemplando as mudanças conceituais e os avanços obtidos pelas pesquisas recentes, foi muito bem sistematizada por Maria Regina Celestino de Almeida em Os índios na História do Brasil.
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Resposta 6
Boa noite pessoal e professora, os aldeamentos foram realmente muito importantes. “Uns dos espaços por excelência de inserção dos índios na sociedade colonial e, consequentemente, de redefinição de suas identidades e culturas. Até muito recentemente, nossa historiografia abordava os aldeamentos pela ótica do Estado colonial, dos moradores ou dos missionários.” (P281 Almeida, Maria Regina Celestino de. Os índios na história do Brasil Elisa Frühauf Garcia). A ida para os aldeamentos de certa forma significou resistência, mais ao mesmo tempo significava confinamento e mudança de hábitos e costumes. Os jesuítas enfrentariam ainda outro obstáculo, a escravização dos índios pelos colonizadores para trabalhar na lavoura. Imaginam agora o sofrimento!!!
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Resposta 7
Boa noite colegas, Heraldo bom comentário, temos falado sobre o comportamento indígena, onde vimos que por muitos anos tivemos uma visão simplista sobre eles, uma historiografia de visão eurocêntrica, vimos nesse material e em outros que estavam muito enganados, o povo indígena nos mostrou que suas relações era um jogo de interesses, e que eles negociaram o tempo todo com os europeus. Mas o texto Trocas, Guerras e Alianças na formação da sociedade colonial nos mostra essa parte por você colocada, a tortura indígena fez parte da formação da sociedade colonial, e o mesmo com a escravidão indígena que predominou ao longo de todo o primeiro século, principalmente nos engenhos do Nordeste que apenas depois de décadas que a escravidão negra viria a sobrepujá-la, e mesmo assim em locais que não estavam ligadas ao mercado internacional a escravidão indígena perdurou em paralelo com a africana por muito tempo. Em alguns territórios brasileiros, no entanto, o índio chegou a ser mais fundamental que o negro como mão de obra.
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