Uso dos jornais nas aulas de historia
Por: 130495 • 16/4/2015 • Dissertação • 581 Palavras (3 Páginas) • 312 Visualizações
O uso dos Jornais nas Aulas de Historia.
Os jornais são, aparentemente, fontes de informação do presente.
Entretanto, como narram fatos que ocorrem no mínimo no dia anterior, efetivamente, são narrativas do passado, ainda que recente e com prováveis desdobramentos imediatos na contemporaneidade.
Isso significa que jornalistas são historiadores; estes estudam o passado baseado em conceitos e métodos específicos, os jornalistas, por sua vez, produzem narrativas que são registradas e lidas em jornais, revistas, sites, rádio e televisão. Entretanto, ao narrar fatos, os jornalistas também fazem contribuições á historia, pois seu trabalho, convertido em documentos passa a ser utilizado por historiadores no cruzamento com outras fontes de informação.
Os professores, construtores do conhecimento, também podem utilizar os jornais n ensino, principalmente nas aulas de história, estimulando o aluno a produzir conhecimentos com base em diferentes atividades ou formas de interação. Outra característica a ser considerada é que a narrativa jornalística, no geral, é construída por meio da associação entre texto e imagens, principalmente fotografias, e nos fornece informações recentes ou, quando distancia historicamente,nos dá indícios e dados sobre mudanças e permanências.
Quando se leva jornais e revistas para a sala de aula, o professor, independentemente da disciplina, coloca seus alunos em contato com informações atuais. Essas informações, abordadas de forma mais detalhada e reflexiva do que as vinculadas em telejornais, estações de rádio ou na internet.
De fato todas as publicações jornalísticas, sejam programas de rádio ou televisão, revistas, sites informativos, jornais eletrônicos ou impressos, são mediadores entre escola e mundo externo e ajudam os estudantes a relacionar seus conhecimentos e experiências pessoais com as notícias. Esse processo auxilia na formação de novos conhecimentos e conceitos, na ampliação do pensamento crítico do estudante e , conseqüentemente, de suas ‘’ leituras’’ do mundo.
A utilização de jornais, sobretudo os antigos, no ensino de história, precisa levar em consideração os contextos sociais nos quais os mesmo foram produzidos, ao mesmo tempo em que sua análise detalhada nos ajuda a compreender melhor estes contextos, revelando novos detalhes e ligação. Trata-se de na aceitar o texto jornalístico como verdade, algo comum, mas de percebê-lo como um testemunho histórico, carregado de subjetividade, como tudo que é humano; de compreender sua importância social, incluindo os impactos na construção da memória, sem cair a idéia primária da ‘’busca pela verdade histórica. ’’, alimentando a busca de ‘’visões multifacetadas’’ sobre a história; de entendê-lo como resultado da visão de mundo, da interpretação da realidade de quem o produziu.
O mito da subjetividade jornalística vem da idéia quase sacralizada de que o texto escrito é portador da verdade. Essa concepção decorre do fato de a escrita ter sido, historicamente, associada ao poder como instrumento de manutenção das classes dominantes.
Ao utilizar os jornais como fontes de pesquisas, cadê aos historiadores, professores e alunos situar a produção jornalística em seu tempo e espaço, como forma de compreender suas relações com os fenômenos sociais. Pois isso a necessidade de se escolher um eixo temático capaz de permitir o desenvolvimento do trabalho, do qual, inclusive, depende a seleção dos jornais que serão utilizados em sala de aula e outras etapas da preparação da atividade, como criação de um ‘’produto’’ final. Capaz de reunir as informações pesquisadas e as conclusões dos alunos.
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