A ATIVIDADE DE TEORIA LITERÁRIA
Por: Lindanir Jansen Fernandes Campos • 30/11/2022 • Resenha • 1.114 Palavras (5 Páginas) • 224 Visualizações
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ATIVIDADE PARA A 3º NOTA EM TEORIA LITERÁRIA
A partir da Leitura do Texto “Operadores de leitura da Poesia” produza um fichamento de conforme as orientações da ABNT.
Operadores de Leitura da Poesia
[Clarice Zamonaro Cortez/ Milton Hermes Rodrigues]
“...o interesse imediato da poesia não é representação direta da realidade física, histórica. A leitura de poesia tem mais a ver com a busca de um estado, de uma emoção específica, não distanciada, de qualquer modo, de fatores estéticos e intelectivos. [...]” (p. 63) |
“...a poesia se destaca pelos recursos que normalmente aciona, pela proposições suplementares, por latências como aquela ‘riqueza sobrante a toda pérola’ referida por Drummond no poema A máquina do mundo. [...]” (p.63) |
“...mesmo assim há quem insista, até com certa razão que poesia é intraduzível porque demanda estados e sensações nem sempre facilmente tangíveis. [...]” (p. 63) |
“O leitor de poesia deve ativar, portanto, a intuição, elaborar a sensibilidade. Em alguns casos, a poesia chega ao extremo do hermetismo, ao nosense aparentemente gratuito, como notamos em alguns poemas surrealistas. Um leitor mais afoito diria que poemas assim concebidos buscam mais testar sua paciência. [...]” (p. 64) |
“O poema funciona corno urna caixa de mil ressonâncias, onde pulsam cada fonema, cada palavra, cada frase. [...]” (p. 64) |
“A condição poética de um texto não depende, portanto, necessariamente, de figuração explícita, de recursos sonoros intensificados. A revelação do poético depende também, e bastante, da postura do leitor, do analista, que devem mobilizar a inteligência e o espírito para o reconhecimento da natureza peculiar dessa mensagem, de exigências. Esse diálogo com o texto, em leitura ou análise e mais detida, supõe certo conhecimento teórico-teórico. [...]” (p. 67) |
“Costumamos associar poesia ao lirismo, à informação subjetivada. A poesia funciona como uma mensagem inserida num forma, numa estrutura, num invólucro. Esse invólucro é o poema. [...] Em temos bastante ligeiros, diríamos que a poesia é a parte ideal (imaterial, digamos) e o poema, a parte material (palavras, versos, estrofes...). Considerando que a forma (a disposição rítmica, por exemplo) infunde sensações estéticas e projeta, portanto, subjetividade, [...]” (p. 67) |
“Ensinam os manuais que ler poesia é destrinçar os estratos do poema, o semântico, o sonoro, o lexical, o semântico e o gráfico (ou visual). [...]” (p. 67) |
“O verso se mede pelo número de sílabas que abriga. Pode ser, na ordem: monossílabo, dissílabo, trissílado, tetrassílabo, pentassílado, heptassílabo, octassílabo, encassílabo, decassílabo, hendecassílabo, dodecassílabo (ou alexandrino). Acima de doze sílabas é chamado de verso bárbaro. Alguns versos recebem nomes especiais: o de cinco sílabas é chamado de redondilha menor e o de sete, de redondilha maior. Os dois tipos formam as chamadas ‘medidas populares’, porque preferidos nas trovas, nas estrofes de cunho populares. [...]” (p. 68) |
“O verso é uma linha de palavra(s) e, visto como segmento rítmico, é uma sequência de sílabas oscilando entre fortes e fracas. Costuma ser entendido, na sua forma tradicional, como uma linha medida e ritmada. A apreciação do ritmo supõe conhecer a medida do verso, o modo como se processa o jogo sonoro silábico na estrofe, ou em determinados segmentos. [...]” (p. 68) |
“Aconselha-se, pois, para melhor contagem das sílabas de um verso, que se marque a cadência de leitura nos dedos, imprimindo mais força e certa pausa na prolação das sílabas fortes, segundo certa cadência. [...]” (p. 68) |
“A contagem silábica do verso, passado esse primeiro esforço natural, exige conhecimento de certas licenças, de certos artifícios, presentes, principalmente em versos de estrofes isométricas (com versos de mesmo ‘tamanho’). [...]” (p. 68) |
“Dito de maneira simplória, fazer versos medidos é estrear ou escolher ‘linhas” para ajustá-las a padrão. Nessa operação o poeta serve-se de licenças chanceladas pela tradição poética. A análise da poesia, especificamente da métrica e do ritmo, supõe o conhecimento desses artifícios, que ocorrem principalmente no campo dos encontros vocálicos. [...]” (p. 68) |
“A separação silábica pela emissão fonética natural, como primeiro passa d leitura, reconhece nossa capacidade espontânea para receber fatos sonoros (gramaticais ou não) sem que soframos necessariamente com a teoria. [...~] Sabe que, como pede a norma, não separamos as vogais dos ditongos e dos tritongos, e que separamos as vogais do hiato. [...]” (p. 70) |
“Sílabas de verso são frações sonoras que oscilam entre acentos altos e baixos. Essa oscilação plasma o ritmo do verso, de modo que ele se configura, em princípio, no jogo silábico, no encadeamento de frações sonoras átonas (a) e tônicas (t). No decassílabo “Que tudo mais rasgaram parte e parte” (Gregório de Matos). [...]” (p. 75) |
“No universo da poesia clássica, o exame do ritmo começa pela adoção do acento ‘quantitativo’ baseado na duração da emissão (longa/breve), e não na intensidade (forte/fraca), como sucede na poética de língua portuguesa. Na ordem quantitativa, a sílaba de prolação breve (chamada de ‘tese’) tem emissão de uma tempo de duração e a sílaba de prolação longa (ou arse) tem emissão de dois tempos da emissão da breve Graficamente, a breve representada por um u maiúsculo (U) e a longa por um traço horizontal ( ). [...]” (p. 75 e 76) |
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