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A Analise Poemas Fernando Pessoa

Por:   •  18/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  817 Palavras (4 Páginas)  •  170 Visualizações

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                                  UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

                                            CAMPUS GARANHUNS

Disciplina: Literatura Portuguesa II

Docente: Prof. Me. Deividy Ferreira 

Discente: Germana Pinto da Silva Ramos

5º Período – Licenciatura em Letras – Português e suas Literaturas

                                                Exercício Avaliativo

1)            Sim. Assim, como as obras do poeta têm uma essência experimental próprio dos movimentos artísticos do início do século XX na Europa, que ele buscava criar uma arte nova, e ir contra às regras estéticas tradicionais. a poesia de Pessoa não é tradicional, mas provocativa, irónica e irreverente. E como de costume nos textos modernistas, é feito com liberdade formal. O autor usa a poesia livre para expressar seu nacionalismo crítico. Além disso, podem-se ver traços simbólicos, cubistas e futuristas em suas obras. Diante disso podemos considerar que sim as características do mundo moderno, multifacetado, complexo, contraditório, e vendo Fernando Pessoa como o iniciador do modernismo português, explica sim esta desintegração do poeta com vários outros poetas.

2) Poema I

             Na superfície, é um poema simples, mas por trás dele está uma enorme complexidade filosófica, que trata da questão de como percebemos o mundo e da tendência humana de transformar o que vemos em símbolos sem entender seu verdadeiro significado. Segundo a biografia elaborada por Fernando Pessoa, Alberto Cairo era órfão e vivia no campo com a tia, pelo que recebeu apenas o ensino básico. O autor do poema, que se caracteriza pela simplicidade, orienta profundamente a intensa complexidade filosófica, pois o poeta nega tudo o que está sob a percepção do sentimento. A partir dessa posição, ele tenta ao máximo impedir o pensamento racional, dificultar o contato direto com a natureza. Ele se apresenta como rústico e ingênuo, acreditando que o verdadeiro conhecimento vem dos sentidos e que a racionalidade sustentada pela ciência acabará por destruir a natureza humana criando mistérios que realmente não existem. Tais suposições podem ser conferidas neste poema.

Poema II

              Doutor Ricardo Reis é o heterónimo "clássico" de Fernando Pessoa, pois a influência dos clássicos gregos e latinos, baseados na ideologia do "carpe diem", pode ser percebida através da sua obra, pois se deve à brevidade de vida e a necessidade do momento. Ricardo Reis estudou num colégio jesuíta, tornou-se médico, monarquista e mostrou-se um verdadeiro amante da cultura clássica. Diferentemente de Alberto Cairo, sua produção é racionalmente pautada por temas relacionados à temporalidade do tempo, pois foi fortemente influenciado pelos expoentes da Arcádia. A partir desse ponto de vista, ele valoriza a simplicidade da vida camponesa e toma a ideologia de Horácio (baseada em Carpe Diem) como fonte de inspiração. Ele é um verdadeiro epicurista, porque conhecia as ideias de Epicuro (século III a.C.), que enfatizava que a verdadeira sabedoria está no equilíbrio dos sentimentos e dos prazeres naturais, abnegadamente limitados pelos excessos do "fim" característicos deste poema.

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