A Atividade Reflexiva
Por: Juan Cesar • 1/6/2022 • Trabalho acadêmico • 608 Palavras (3 Páginas) • 137 Visualizações
Aluno: Juan Cesar Visconte Pereira
RGM: 28493001
Atividade Reflexiva II: “Texto dissertativo sobre a importância do trabalho da oralidade nas aulas de Língua Portuguesa”
INTRODUÇÃO
No âmbito escolar, e acadêmico, muitas vezes é deduzido, por senso comum, que os alunos chegam nas escolas já possuindo o conhecimento íntegro e necessário a respeito da linguagem oral, sendo isso um aprendizado pré-escolar. Essa concepção está correta? Os alunos realmente chegam nas escolas com o trabalho da oralidade lapidado?
DESENVOLVIMENTO
Tratando-se de língua e linguagem devemos ter em mente a diferença desses dois conceitos:
- Língua: vem a ser um conjunto de elemento, que podem ser sons ou gestos, que possibilitam a comunicação.
- Linguagem: é a capacidade que o ser humano possui de compreender, de forma lógica e racional, esses elementos concebidos pela língua (assim como de outras manifestações).
Dentro da linguagem temos a linguagem padrão e a não padrão, sendo a primeira composta por uma norma culta, com poucas variantes e com um vocabulário formal. Já na norma não padrão existe uma maior quantidade de variantes, assim como gírias, e com palavras de uso cotidiano e popular. Nesse cenário, por exemplo, devemos levar em conta que os alunos, em sua grande maioria, chegam na sala de aula tendo conhecimento da linguagem que lhes foi passada em seu cotidiano, a norma não padrão (linguagem popular). Sendo assim, o professor, em seu papel de comunicador e educador, deve utilizar a linguagem que mais se aproxima dos alunos, para que se faça ser entendido, e compreendido, pelos seus ouvintes.
No que se diz respeita a linguagem popular, e coloquial, temos ainda a presença das variantes linguísticas, que podem ocorrer tanto de acordo com o lugar, ou região, em que o falante se encontra, como de acordo com época em que vive, assim como também de seu grupo social e situação em que se encontra.
Muitas vezes essas variações linguísticas não são tratadas no ambiente escolar, dando assim espaço para que ocorra o preconceito linguístico, pois os alunos, sem um conhecimento prévio a respeito das variantes linguísticas, começam a criticar um colega por conta de sua variação linguística, julgando estranho, e até mesmo errado seu modo de falar. Entretanto, como comentado anteriormente, essa variação pode ocorrer por inúmeros motivos, seja pelo lugar em que vive, pelo seu grupo social etc., e não deve ser classificado como incorreto, pois a variação linguística está presente dentro oralidade.
Entretanto, a variante linguística não pode ser confundida com os erros gramaticais, uma vez que pode ser concebido a fala como o local do erro gramatical, e a escrita o local da formalidade e norma padrão, conforme aponta Marcuschi (2001). Sendo assim, os alunos devem receber o conhecimento e discernimento par diferenciar os erros gramaticais das variações linguísticas, assim como os lugares e ocasiões em que devem ser utilizadas cada uma das formas de falar, a padrão e a não padrão.
Conclusão
Levando-se em consideração o cenário apresentado, conclui-se que deve ser ensinado, dentro das aulas de Língua Portuguesa, as diferentes formas existentes dentro da linguagem, seja a norma padrão ou não padrão, para que os alunos saibam em quais ambientes e momentos devem ser utilizadas. Assim como também devem ser lecionadas aulas referentes as variações linguísticas, para que os alunos compreendam que existem modos diferentes do seu de se expressar e que também estão corretos, uma vez que o certo e o errado são situacionais.
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