A Cultura Africana
Por: Carine Specht • 20/4/2017 • Trabalho acadêmico • 2.754 Palavras (12 Páginas) • 656 Visualizações
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a Língua portuguesa e a cultura africana
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SUMÁRIO[pic 16]
1 INTRODUÇÃO 5
2 DESENVOLVIMENTO 7
3 CONCLUSÃO 11
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo incluir os alunos no centro de reflexões sobre a abordagem de “temas especiais” no ensino de Língua Portuguesa, especialmente a Cultura Africana, de acordo com o que preconizam os atuais documentos norteadores e ensino.
A inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da Educação básica brasileira, através da promulgação das Leis 10.639, de 2003 e 11.645 de 2008 é de crucial importância para o ensino da diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira.
A BNCC, em sua segunda versão, propõe “produções literárias de autores da Literatura Brasileira contemporânea” e “obras africanas de língua portuguesa” e da “literatura indígena”, tendo como objetivo o reconhecer "a literatura como lugar de encontro de multiculturalidades".
Contudo, existe sim resistência quanto a aplicação da lei, pois a cultura afro‐brasileira é vista com rejeição por muitas pessoas. Esse fato resulta de uma construção de mais de quinhentos anos de uma identidade negada do/a negro/a em nosso país, através de símbolos e atos performativos (SILVA, 2009) que moldaram o/a negro/a e seu cotidiano, gerando o racismo e a negação de sua cultura e sua história.
A negação dessa história, tanto nas escolas, quanto na sociedade, acaba por apurar ainda mais esse sentimento contrário, o que faz com que seja necessário, de fato, elucidar a história e cultura afro‐brasileira, pois, através do (re)conhecimento de sua cultura enquanto formadora e contribuinte das bases culturais e estruturais de nosso país, é que se pode caminhar em direção à alteridade.
Percebemos que a cultura negra ainda é desconhecida – apesar das ações que são elaboradas em nosso cotidiano se remeterem a traços culturais negros, é primordial a explicitação da origem desses traços culturais, sem negá‐los. Isso faz com que possamos desconstruir identidades ou até representações difundidas pela escola quando nos remetemos à cultura afro‐brasileira.
Nesse sentido, vemos a escola como um lugar importante para que essa desconstrução ocorra. É a partir deste contexto que nosso estudo se insere, no intuito de observar ações e medidas tomadas neste espaço no que se refere à aplicação da Lei 10.639/2003 ao currículo escolar. Evitando esquecer um dos componentes responsáveis para enfrentar o preconceito e a intolerância racial no contexto de sala de aula: o/a professor/a.
Levar à reflexão sobre discriminação racial, valorizar a diversidade étnica, gerar debate, estimular valores e comportamentos de respeito, solidariedade e tolerância, são os grandes objetivos de nós educadores, como também, de levantar a bandeira de combate ao racismo e às discriminações que atingem em particular a população negra, afro-brasileira ou afrodescendente. Discutir esse tema junto de nossos alunos é o primeiro passo na trilha da reconstrução de uma face de nosso passado que ainda precisa ser entendia e para isso há uma longa caminhada onde todos devem participar.
“A única arma para melhorar o planeta é a Educação com ética. Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da pele, por sua origem, ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)
DESENVOLVIMENTO
“A escola e seu currículo são impelidos, na atualidade, a incluir tal discussão não só na mudança de postura dos profissionais da educação diante da diversidade étnico‐racial, como também na distribuição e organização dos conteúdos curriculares; para tal, será necessário o investimento na formação inicial e continuada dos professores (GOMES, 2007, p.78).”
O povo brasileiro é resultado de um “caldeirão” de etnias, entre elas estão os negros africanos e indígenas que deram uma contribuição muito importante para o Brasil ser o que é hoje. Misturando-se aos povos que aqui encontraram, esses negros deram origem à mestiçagem que amorenou a nossa pele, alongou nossa silhueta, encrespou nossos cabelos e nos conferiu a originalidade de gestos macios e andar requebrado. Ao incorporarem elementos africanos ao seu dia-a-dia nas lavouras, nos engenhos de açúcar, nas minas e nas cidades, construíram uma nova identidade e nos legaram o que hoje chamamos de cultura afro-brasileira.
“Maior conhecimento das nossas raízes africanas e da participação do povo negro na construção da sociedade brasileira haverá de nos ajudar na superação de mitos que discursam sobre a suposta intolerância do africano escravizado e a visão desse como selvagem e incivilizado. Essa revisão histórica do nosso passado e o estudo da participação da população negra brasileira no presente poderá contribuir também na superação de preconceitos arraigados em nosso imaginário social e que tendem a tratar a cultura negra e africana como exóticas e/ou fadadas ao sofrimento e à miséria (GOMES, 2007, p.72).”
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