A Educação
Por: Joana Ribeiro • 4/7/2018 • Artigo • 6.008 Palavras (25 Páginas) • 295 Visualizações
Introdução
A escola, para todas as camadas da população, pretende ser a continuidade do processo de socialização, iniciado na família. Nesse sentido, os valores, expectativas e práticas que envolvem o processo educativo nem sempre correspondem ao que os pais buscam ao matricularem seus filhos na escola, mas na maioria das escolas brasileiras a violência se faz presente, contrariando as expectativas dos pais para com a educação dos filhos.
O presente trabalho versa sobre questões voltadas para a violência na escola onde são abordadas fatores que dificultam o processo ensino – aprendizagem eficaz.
A escolha desta temática, deu-se em virtude de melhor conhecimento em relação à violência, que envolve todos os seguimentos da sociedade como também evidencia-se no espaço escolar.
O objetivo deste trabalho é oferecer subsídios que facilite o entendimento da temática abordada e suas implicações no processo de ensino – aprendizagem.
Este trabalho se dividira em três capítulos; onde no primeiro capitulo trataremos sobre a violência no contexto escolar, no segundo capítulo identificaremos os principais tipos de violência e como afeta o processo de ensino aprendizagem e finalizando relataremos as ações desenvolvidas nas escolas para a redução desta violência.
1- VIOLÊNCIA EM CONTEXTO ESCOLAR
Cotidianamente são divulgadas pelos meios de comunicação as mais diversas formas com que a violência acontece dentro das dependências escolares. Crianças e adolescentes praticam atos violentos que se enquadram nos casos de agressões verbais, físicas, pichações, bullying, e furtos, sem nenhum motivo evidente que justifique tais comportamentos.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, violência se caracteriza por (..........), dentre as quais podem ser destacadas a violência física...
Violência física- Ação ou omissão que coloque em risco ou cause dano à integridade física de uma pessoa.
Violência Física
Ato de agressão física que se traduz em marcas visíveis ou não.
Violência institucional, segundo o CNJ este tipo de violência é motivado por diversos fatores de desigualdades, onde se destacam: os de gênero, étnico-raciais, econômicas etc. existentes em diferentes sociedades, tais atos se formalizam e institucionalizam nas diferentes esferas organizacionais, privadas e aparelhos estatais.
A escola procura socializar o aluno com métodos repressivo/coercitivo em sua maioria, repudiando certas atitudes e comportamentos, tornando-se assim um propagador de atos violentos. A violência escolar (institucional) apresenta duas formas básicas: a violência disciplinar e a cultural (simbólica). Segundo Viana (2002, p.120-121) “[...] a violência disciplinar prepara o indivíduo para atuar em qualquer outra instituição disciplinar [utilizando-se] da metodologia de vigilância hierárquica, sanção normatizadora e do exame”.
A escola necessita possibilitar ao alunado não apenas os conteúdos escolares, mais sim ética civilidade moralidade, sem ferir a integridade dos mesmos, cometendo assim a mesma violência exercida pela sociedade. O papel da escola parece não estar bem explicado à sociedade. Muito se cobra educacionalmente, porém pouco se busca socialmente, e a escola precisa apresentar a sociedade o seu real papel que o de ensinar e fazer o aluno se sentir protagonista como agente de mudança, propondo formações ativas aos alunos e toda a comunidade ao qual está inserida:
A formação ética é um dos pontos fortes da escola do presente e do futuro. Trata-se de formar valores e atitudes ante o mundo da política e da economia, do consumismo, do sexo, da droga, da predação ambiental, da violência, e diante, também, das formas de exploração que se mantêm no capitalismo contemporâneo (LIBÂNEO, 2002, p. 201).
Na esfera escolar, esse tipo de violência ocorre levando em consideração a escola como um espaço que desempenha o papel de reproduzir ideias e regras sociais partidárias à classe dominante, que se baseiam no campo da autoridade, apresentando conteúdos, programas e avaliações. A cultura da violência tem sua imposição, como afirma Viana (2002), está presente nas grades curriculares, programas, livros e textos adotados, bem como no discurso da burocracia e dos membros do corpo docente.
Violência patrimonial- ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores.
Violência psicológica- ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal.
Violência Psicológica
Relação de poder com abuso da autoridade ou da ascendência sobre o outro, de forma
inadequada e com excesso ou descaso. Coerção.
A violência cultural e simbólica apresentam-se sobre a convivência diária dos indivíduos em sociedade, que perdem seus espaços para o desconhecido, que por sua vez, vem sobrepor-se aos costumes já existentes, segundo Araújo (2002, p. 19), “[...] o ser humano não se faz sozinho, sem a sociabilidade que o inclui no mundo da cultura”.
(A violência cultural perpassa pela miscigenação de um povo, de uma cidade, comunidade e do conhecimento que o indivíduo traz de seu convívio comunitário, Passa a ser subjugado por culturas ditas “superiores” Reconhecendo o homem e seu convívio em sociedade e a absorção da cultura a partir dessa vivência, é permitido considerar que a violência cultural se apresenta em uma relação onde um grupo específico impõe a outro, ideias e valores culturais. Nessa linha de pensamento, argumenta Moreira (2008, p.301) que [...] a agressão simbólica é aquela imposta pela sociedade dominante e que faz com que o indivíduo menos privilegiado, aceite como natural à dominação [...].
Bullying
1.1- REALIDADE ESCOLAR: DESAFIO DIÁRIO
A realidade escolar atual se mostra bastante conturbada devido vários fatores, incluindo o baixo dialogo existente entre a escola e comunidade onde os alunos estão inseridos. Os conflitos internos na instituição
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