A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR
Por: Paula Tenorio • 23/5/2018 • Resenha • 1.070 Palavras (5 Páginas) • 281 Visualizações
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR
Paula Tenório dos Santos
RESUMO:O presente artigo tem a finalidade de apresentar uma síntese relacionada ao o processo de formação dos professores que atuam no ensino superior, busca reflexões e discussões acerca de sua prática pedagógica, suas características e seu perfil ao atuar em sala de aula, questiona que alguns profissionais possuem uma formação técnica, totalmente desvinculada às partes pedagógicas. O domínio dos conteúdos juntamente com as práticas pedagógicas, seriam requisitos primordiais para a formação do docente. O exercício da docência requer domínio na área do conhecimento em que se atua com o conhecimento educacional e pedagógico, sendo assim, garante ao docente a capacidade de ensinar.
Palavras-chave: Ensino Superior, formação pedagógica, prática pedagógica.
ABSTRACT: The present article has the purpose of presenting a synthesis related to the process of training of teachers who work in higher education, seeks reflections and discussions about their pedagogical practice, their characteristics and their profile when acting in the classroom, questions that some professionals have a technical education, totally unrelated to the pedagogical parts. The mastery of content along with pedagogical practices would be primary requirements for teacher training. The teaching exercise requires mastery in the area of knowledge in which one works with the educational and pedagogical knowledge, thus, it guarantees to the teacher the capacity to teach.
Keywords: Higher education, pedagogical training, pedagogical practice.
INTRODUÇÃO
No momento em que se fala em formação de professor, o que pensamos primeiramente é a formação para professores que atuam no ensino infantil, fundamental e médio e esquecemos que o professor do ensino superior necessita de uma orientação quanto às técnicas e métodos que melhor se aplicam a esse segmento de ensino.
No que se refere à formação e preparação do professor universitário para o exercício de ensinar, estudos de PIMENTA e ANASTASIOU (2002); MASETTO (1998) sustentam a afirmativa da pouca atenção dada a este segmento de ensino.
O fato de o professor ter conhecimento dos conteúdos, não quer dizer que este profissional consiga transmiti-lo de forma clara e objetiva aos alunos, é como se não se preocupassem como melhorar sua prática, dando prioridade aos seus trabalhos de pesquisa que são cada vez mais frequentes em qualquer Instituição de Ensino Superior (IES). Juntamente com a exigência cada vez mais presente que os professores obtenham títulos de mestre ou doutor, é questionável como esta intitulação vem sendo realizada e se ela melhora a qualidade de ensino na educação superior.
É de suma importância quando o foco é a melhoria da competência profissional, que na verdade busca a construção de um profissional ético, construtivo que seja capaz de atuar em diferentes âmbitos socioeconômicos e que tenha a capacidade de mediar situações inesperadas.
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Quando falamos de competência pedagógica do professor universitário, temos que levar em consideração sua formação profissional. A forma que as IES utilizam como exigência para selecionar seus docentes está totalmente ligada a formação deste profissional, ou seja, o título que os mesmos possuem de acordo com o que é cobrado pelo MEC, obedecendo as porcentagens exigidas e esquecendo-se da parte pedagógica, levando em consideração somente o conhecimento e o domínio da matéria que será lecionada.
PIMENTA e ANASTASIOU (2008) salientam com relação à titulação necessária no ensino superior:
No que se refere à exigência de titulação, o Decreto 20207/97 determina que, no segundo ano de sua vigência, as instituições de ensino superior deverão contar com 15% de seus docentes titulados na pós-graduação stricto sensu dos quais 5% doutores pelo menos, no quinto ano de vigência, com 25% dos quais 10% de doutores pelo menos; e no oitavo ano de vigência, com um terço, dos quais 15% de doutores pelo menos. (PIMENTA e ANASTASIOU, 2008,p.40)
Existe uma busca incessante por qualificação profissional de ensino, isto é visto muitas vezes no título desses profissionais, dos quais o habilita a ficarem presos às disciplinas que se encaixem em seu currículo, mais isso não quer dizer que um doutor, por exemplo, esteja preparado para atuar em sala de aula.
É importante ressaltar que os próprios alunos criticam o despreparo pedagógico desses profissionais quando iniciam seu trabalho em sala de aula, como relatado PAULA e TORRES (1998,p.1).
A maioria dos alunos que partem para o ensino superior espera encontrar em seu novo ambiente de aprendizagem, profissionais completos que compreendam suas angústias e dúvidas.
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