A Intertextualidade nas Letras
Por: Jonatas Freitas • 2/3/2022 • Trabalho acadêmico • 311 Palavras (2 Páginas) • 444 Visualizações
Intertextualidade
Após a leitura e análise dos textos, reflita sobre a intertextualidade presente nas músicas e, principalmente, reflita sobre a intenção da cantora Pitty ao utilizar a música de Mário Lago como texto base para a construção do sentido de seu texto.
A desconstrução intertextualizada.
Ao analisar as duas músicas, percebemos diretamente que a intertextualidade está no título, em que Pitty faz referência à Amélia, da canção “Ai que saudade da Amélia” composta por Mário Lago em 1942.
Na canção de Mário Lago, ele descreve Amélia como uma mulher sem vaidades, sem desejos próprios, que lutava ao lado do marido mesmo não havendo alimentos. Na época em que foi criada a canção, era comum a mulher perfeita ser vista como submissa ao marido, responsável aos afazeres de casa e que não contestasse a opinião do homem da casa.
Pitty ao lançar a música Desconstruindo Amélia lançada em 2009 no álbum Chiaroscuro, ela deseja remover essa ideia de “mulher de verdade” do século passado. Dai vem a ideia de desconstrução, ou seja, remover os princípios tradicionais e fazer algo novo.
Na música Pitt, o primeiro trecho começa descrevendo uma mulher comum, com afazeres domésticos, preocupada com o filho e deixando tudo arrumado. O segundo trecho continua falando sobre como ela foi educada para servir, deixando-a como última opção, sem cuidar dela e somente cuidar da casa.
Cansada da rotina, a Amélia, até então tradicional, deseja mudar, sair dos padrões, se desconstruindo. A Amélia sem desejo, sem ambições e sem vaidade se torna à Amélia que se cuida e gosta de si mesma.
Pitty, nos próximos trechos continua mostrando como a Amélia moderna enfrenta as situações do cotidiano, em que mesmo tendo os afazeres de casa, consegue se cuidar, estudar e ainda sai pra se divertir, desconstruída e que não se importa mais com os padrões do século passado.
Referência
LAGO, Mario. Ai que saudade da Amélia, 1942.
Pitty. Descontruindo Amélia. In: Chiaroscuro. 2009.
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