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A LINGUISTICA II EM LETRAS

Por:   •  3/10/2018  •  Resenha  •  999 Palavras (4 Páginas)  •  243 Visualizações

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COSCARELLI, Carla Viana. Gêneros textuais na escola. Juiz de Fora: veredas online – ensino – 2/2007, p. 78-86 – PPG lingüística/UFJF

Gêneros textuais na escola

O artigo Gêneros textuais na escola de autoria de Carla Viana Coscarelli, discuti a noção de gêneros textuais e a apropriação que a escola tem feito desse conceito. Na tentativa de colocar em prática as condições de produção de textos. O artigo fundamenta-se em autores como Bakhtin e Marcuschi para discutir como a noção de gêneros tem sido incorporada à prática escolar, buscando apontar pontos positivos e possíveis perigos dessa forma de lidar com a produção de textos.

O texto apresenta a problematização e a noção de como os gêneros textuais é apresentado nas escolas. Mostra que os gêneros textuais têm sido foco de muita atenção por parte de pesquisadores e professores e é muito comum que sejam tratados como pacotes muito bem delimitados e com características claras e pouco variáveis. Que parte-se muitas vezes da hipótese de que cada gênero é bem definido, possuindo, portanto, um formato a ser seguido. Nota-se que há muito em comum entre textos que, prototipicamente, pertencem a um mesmo gênero, mas nem todo texto é um exemplar prototípico de um determinado gênero. E conclui que não é tão simples e fácil lidar com o conceito de gênero quanto pode parecer à primeira vista.

Carla Viana Coscarelli, defende a ideia de trabalhar o gênero textual nas escolas, mas que não deve ser matéria a ser dada ou conteúdo a ser cumprido. Os alunos não precisam ficar classificando textos em gêneros nem saber de cor as características de todos os gêneros textuais, pois isso nem seria possível, dada a quantidade imensa de gêneros textuais existente e a grande variação que há em cada gênero. Complementa que a ideia de trabalhar em sala de aula com gêneros textuais tem muito a contribuir para o desafio do professor de fazer com que seus alunos sejam leitores fluentes e escritores de bons textos. Mas para que funcione como parte de uma proposta didática, a noção de gênero textual não pode se despir do contexto comunicativo que a reveste. É preciso que o gênero traga sempre consigo as condições de produção e recepção dos textos. Ou seja, um gênero textual não é só a sua forma, mas é, sobretudo, sua função (MARCUSCHI, 2002).

A autora, demonstra preocupação de como é aplicado esse conteúdo nas escolas, onde os professores estão preocupados apenas em ¨esgotar¨ um determinado gênero apresentando aos alunos um grande número de textos pertencentes a ele, ou pior, professores ensinando as fórmulas ou estruturas dos textos para os alunos reconhecerem nos gêneros aquele formato (como se ele fosse fixo imutável) e para que eles produzam textos usando aquele modelo. Conclui que não precisa conhecer e nem saber fazer todos os gêneros textuais, pois há gêneros para ler e gêneros para escrever, para ouvir, para falar. Na produção de texto, o aluno precisa aprender a construir um texto que provoque no interlocutor as reações que ele, autor, deseja e, para isso, precisa ter em mente o seu público-alvo, seu objetivo ou a finalidade do texto, sobre o que vai escrever e onde o texto vai circular. Essas informações vão ajudar o aluno/autor a escolher o gênero que melhor atenderá aos seus propósitos de escrita. Se os professores não considerar as condições de produção e leitura do texto, o trabalho com gêneros fica meramente conteudista.

No último parágrafo, discuti sobre, o fato de o leitor dos textos continuar sendo sempre o professor, que verifica se o aluno aplicou a fórmula do gênero textual apropriadamente, constata que precisa-se encontrar outras formas de fazer com que o aluno escreva

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