A Literatura Portuguesa
Por: Luciana Pinheiro • 25/4/2020 • Trabalho acadêmico • 489 Palavras (2 Páginas) • 144 Visualizações
Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ
Disciplina: Literatura Portuguesa II
Coordenador: Prof.Luis Maffei
Avaliação à distância 2 - 2017
ALUNO: JULIANA PINHEIRO DA SILVA CHAGAS
GRUPO: LETRAS/UFF/ITAPERUNA/RJ
MATRICULA: 14113120097
Na metade do século XIX a literatura passava por regenerações, devido às grandes mudanças e acordos que aconteciam no período histórico, político e social da época. Dentro deste percurso podemos destacar Antero de Quental, que veio na divergência deste período, relacionando suas ideias e redigindo suas análises do período. Antero desvincula uma fé meramente mística e religiosa, vinculando-a a uma fé na razão e na liberdade, o homem agindo transforma. Suas perspectivas sofreram uma reformulação e se basearam nas correntes filosóficas e cientificas que sobrevieram no momento histórico, político e social da época.
Sua linha filosófica se demonstra renitente ante as condições conservadoras e antiquadas da político-cultural e social do período, para ele a representação da arte não se restringe somente numa linha e sim que a arte vem para lutar por sua existência e pensamento lutando por sua independência. Seu ideal é respaldado na valorização da verdade e da justiça.
Perante a multiplicidade de facetas de Antero e perante sua riqueza qualquer análise feita a ele pode se tornar reducionista e parcial. Sua angústia existencial, nessa tensão entre desespero e desejo de harmonia, onde as razões do coração e as da razão se cruzam, gerando incoerência, porém sempre buscando um sentido para a sua existência. No poema em destaque, existem peculiaridades do poeta como, o espírito de missão atribuindo ao poema um papel de reformador.
De acordo com o período o soneto “A um poeta” pode representar um âmbito idealista, o eu lírico recorre aos sonhos a um ser que vive inerte, abstraído, quando o mesmo deveria ser engajado e revolucionário buscando sua liberdade de voz e expressão. E ao nos depararmos com o eu inerte e fora da realidade nos encontramos no “velho mundo” onde o poeta descreve um ser fora de sua realidade, estagnado, passivo, e fora de suas condições político-social, alheio e longe de tudo, adormecido. “Tu me dormes, espírito sereno.”
Já na segunda estrofe o poeta impulsiona o eu para a mudança para a idealização de um “novo mundo”. “Acorda! E tempo! O sol, já alto e pleno”, um convite para um novo homem uma alma nova, buscando uma transformação pela razão pela luz do conhecimento, pela luta do homem contra opressão e a ignorância. A poesia sendo a arma para o combate, Antero através da antinomia recorre para a mudança de atitude e luta pela autonomia de um povo.
“Ergue-te, pois, soldado do futuro,”, o poeta em decorrência deixou marcado na literatura toda sua luta em prol de sua forte inquietação social, cultural e política. Em sua maneira pugnou pela sociedade principalmente no âmbito de pensamento e de reflexão existencial. “Sonhador, faze espada de combate!”
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