A RESENHA PRIMATAS FALANTES
Por: Evely • 27/4/2019 • Resenha • 1.049 Palavras (5 Páginas) • 176 Visualizações
FISCHER, Steven Roger Uma breve história da linguagem: Primatas Falantes Flávia Coimbra – Osasco, SP: Novo Século editora, 2009. [1]
Kállita Raiany Pereira Silva
O texto “Primatas falantes “do autor Steven Roger, demonstra para os leitores, uma breve trajetória das primeiras espécies que povoaram a terra e através da sua vivência deixaram grandes legados para a nossa história e consequentemente benefícios através de suas descobertas e suas evoluções, a linguagem com certeza é um desses tópicos que necessitam ser comentados.
“A linguagem humana estava agora ligada à terra” esta é uma afirmação do autor Steven Roger que nos traz a reflexão da importância da linguagem para o ser humano, enquanto ato de comunicação, interação e porque não dizer de sobrevivência.
Ao dividir o texto em tópicos, o autor explica de forma simples e objetiva as características, vivências e evoluções tanto de forma pessoal quanto na linguagem do Homo Erectus, Homo Neanderthalensis (Neandertal) e o Homo Sapiens. Ao iniciar o texto, o autor nos deixa claro que nossos ancestrais primatas possuíam caminhos necessários para a comunicação, porém era preciso alcançar uma transmissão de informação adequada e essa é uma história antiga e para que possamos compreender esta trajetória, faz-se necessário que conheçamos como essas espécies evoluíram-se.
A evolução inicia-se com o gênero Australipithecus e o gênero habilis, há sete e cinco milhões de anos atrás, o gênero Australipithecus desenvolveu o bipedalismo (capacidade de andar sobre duas pernas), maior capacidade de coleta de comida e caça com as duas mãos livres recebendo o termo de grandes primatas andantes. Já a capacidade de linguagem vocal surgiu com o gênero homo há cerca de 2,5 milhões de anos atrás, este gênero pertencia à espécie Homo habilis que foi a primeira espécie a controlar o fogo, além de fabricar ferramentas simples e serem os únicos a possuírem a saliência da área da bronca, que é uma região do cérebro essencial para a produção da fala e da linguagem de sinais, mesmo que seja de forma rudimentar, o que ocorria neste caso eram padrões de fala curta e lenta e não modulada.
Em relação a evolução do homo Erectus, segundo o autor é possível afirmar que existem apenas duas espécies que tenham vivido além da Àfrica: o homo erectus e o sapiens e que haviam elaborado por meio de uma fala rudimentar, um alto grau de organização social que permitiu a migração dos grupos.
O homo erectus foi responsável por fabricar o primeiro machado de mão, por um lado ao se defender que era preciso da linguagem para esse feito, alguns estudiosos afirmavam que para a fabricação de ferramentas não era necessário o uso da linguagem, todavia a migração de grupos para áreas que ninguém havia ultrapassado, a exigia.
O que nos faz entender que a linguagem utilizada pelo homo erectus, não pode se comparar com a que utilizamos hoje, mas que esta foi imprescindível para que chegássemos a grandes evoluções. Dedicada ao maior tópico de sua escrita, Steven Roger, ao falar do homo erectus deixa nos claro a sua relevância na evolução do uso da linguagem, pois o mesmo acredita que a linguagem é de alta complexidade e perpassa uma antiga história no seu desenvolvimento até chegar na comunicação “perfeita” da fala humana, diferente do que alguns neurocientistas defendem, que esta seja apenas um símbolo na mente do homem.
Em concordância com esta ideia, o autor cita Noam Chomsky que propõe que a criança possui uma “ Predisposição Inata” , ou seja , a criança já nasce predisposta a fala, é como se já nascesse com ela, o que precisa é de desenvolvimento para que a comunicação de fato aconteça, mas o que gera descontentamentos entre diversos autores, mas que é preciso considerar que a linguagem necessita ser analisada, através da capacidade de percepção, cognição, demanda social e processamento de informações dentre outras .
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