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A escravização Indígena e o Bandeirante no Brasil Colonial: Conflitos, apresamentos e mitos

Por:   •  29/9/2019  •  Resenha  •  692 Palavras (3 Páginas)  •  183 Visualizações

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Câmpus de Três Lagoas

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Disciplina: Educação das Relações Étnico Raciais

Docente: Profa. Dra. Vitória Regina Spanghero

Discente: Valdecy David Modesto Azambuja

        

Resumo

A escravização indígena e o bandeirante no Brasil colonialconflitosapresamentos e mitos. / Manuel Pacheco Neto - Dourados, MS: Ed. UFGD,. 2015. 15p.

                                           

O livro de Manuel Pacheco Neto tem o propósito de contribuir para trazer à tona um aspecto pouco conhecido da história do Brasil: a escravização massiva de índios, realizada pelos bandeirantes paulistas. Sempre enviesada pelo pensamento europeu das narrativas sobre o inicio da colonização brasileira, poucos trabalhos acadêmicos trouxeram de fato a realidade deste momento histórico no que tange a escravização indígena e suas cruéis idiossincrasias.

No primeiro capitulo da obra “O índio escravizado e sua força de trabalho: papel histórico central na São Paulo quinhentista e seiscentista”, ele se baseia nas Actas da Câmara da Villa de São Paulo (séculos XVI e XVII) e com apoio historiográfico se voltou para o papel histórico do homem natural da terra, o indígena tornado escravo pelo bandeirante.

O índio foi um importante ator histórico da São Paulo nos dois primeiros séculos da colonização, sendo a principal motivação para que as expedições que visavam o aprisionamento ocorressem. O indígena, tirado da selva pelos colonizadores, foi uma importante e numerosa força de trabalho que, sem duvidas, trabalhou nas roças de seus donos e na manutenção dos espaços públicos da vila de São Paulo, tapando buracos nas ruas, carpindo o largo da igreja, ornamentando as vias que se situavam no trajeto das procissões, consertando pontes de uso coletivo e limpando as redondezas das fontes d’água que abasteciam a população. Obedecendo às determinações oficiais da Câmara Municipal os donos dos escravos montavam equipes para o cumprimento de tarefas, muitas delas de interesse público. Desta forma, subordinado às necessidades comunitárias dos colonos, o índio apresado não foi escravo de um só senhor, mas um escravo público, quando a Câmara Municipal julgava necessário.

No início do século XVII, o Brasil era um território a ser explorado. O país terminava na linha do Tratado de Tordesilhas e regiões distantes do litoral eram muito pouco conhecidas. Entre o mar ocupado e o sertão, ficava uma vila pobre chamada São Paulo de Piratininga. Seus moradores precisavam sobreviver. Para alguns deles, os bandeirantes, a solução foi escravizar índios. "Era uma forma de conseguir mão de obra para as fazendas paulistas e faturar com o tráfico indígena", diz Manuel Pacheco Neto, historiador da Universidade Federal da Grande Dourados (MS).

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