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A importância da escrita para a aprendizagem de línguas

Por:   •  23/10/2019  •  Resenha  •  720 Palavras (3 Páginas)  •  145 Visualizações

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Aluna: Ana Paula Carreiro

Letras – Português (1° período)

A importância da escrita para a aprendizagem de línguas

“Learning to Write and Writing to Learn in an Additional Language”, é um livro de 2011, escrito por professores de universidades dos Estados Unidos. O livro aborda a importância da escrita para a aprendizagem de uma segunda língua e, demonstra resultados de estudos que comprovam a sua eficácia.

O primeiro capítulo do livro, examina a interação da escrita como forma de aprendizado com a escrita como produto do aprendizado. Ao explorarem como os alunos multilíngues podem tornar-se sensíveis às formas em que a escrita molda sua representação de pensamento enquanto aprendem a escrever em diferentes idiomas, os professores perceberam que, os alunos deveriam começar a escrever para aprender novas dimensões do conhecimento.

De certa forma, essa exploração remonta à abordagem pedagógica de James M. McCrimmon (1984) que, em seu livro ““Writing with a purpose”, baseia-se na “escrita como uma forma de conhecimento”. A abordagem enfatiza a estreita interação entre a escrita e a exploração e o esclarecimento de ideias. Esta tradição foi perdida na revolução do processo cognitivo subsequente que, enfatizava as estratégias e procedimentos mentais que geravam a boa escrita.

Aprender a escrever é tipicamente tratado como forma de aprendizagem, convenções de gênero, processos de composição e organização de ideias em textos. Escrever para aprender envolve exploração de conteúdo, valores, identidades e ideologias. Embora existam diferenças nos focos entre escrever para aprender e aprender para escrever, eles estão interconectados de várias maneiras. Os alunos não apenas aprendem o que significa construir textos em diferentes idiomas, eles também aprendem as diversas maneiras pelas quais o conhecimento e as identidades podem ser representados através desses idiomas e gêneros. Ao invés de simplesmente se acomodar às formas dominantes e conhecimento de cada comunidade que eles estão abordando através de seus textos, eles também são capazes de adotar uma postura crítica ao ver uma comunidade, convenções e conhecimentos textuais preferidos dos outros.

Ao serem submetidos à um processo de aprendizagem de segunda língua, no caso, o inglês, tendo a escrita como ponte para o aprendizado, alguns alunos relataram as suas experiências que, por sua vez, foram transcritas no livro. “Embora não seja uma tarefa fácil, escrever realmente ajuda você a aprender, porque você coloca em prática tudo o que você sabe”, “Eu me vejo mais fluente e autoconfiante com o que escrevo. Na verdade, as estruturas agora vêm automaticamente à minha mente e eu sou capaz de escrever mais em menos tempo”.

Os professores desses alunos também foram entrevistados e, ao serem questionados sobre a eficácia do “método”, relataram resultados positivos. “[…] Muitos alunos acham que, pela primeira vez em seu curso, os problemas mais comuns que sempre tivemos em inglês, são explicados de tal forma que você realmente entende por que você comete esses erros e, portanto, você é capaz de corrigi-los”.

A linguagem como processo de criar significado e moldar o conhecimento e a experiência através língua, pode funcionar como um meio de resolução de problemas por e através da conversa, contudo, na linguística aplicada, os pesquisadores descobriram a fascinante possibilidade de decodificar o vocabulário e os itens gramaticais de uma língua para a outra.

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