ANALISE DAS DIFERENÇAS DE ESCRITA DE UM TEXTO ROMÂNTICO E REALISTA
Por: Fabricio Soares • 6/11/2016 • Artigo • 701 Palavras (3 Páginas) • 357 Visualizações
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Fabricio Ferreira Soares
ANALISE DAS DIFERENÇAS DE ESCRITA DE UM TEXTO ROMÂNTICO E REALISTA
Curitiba
2016
Fabricio Ferreira Soares
ANALISE DAS DIFERENÇAS DE ESCRITA DE UM TEXTO ROMÂNTICO E REALISTA
Curitiba
2016
Analisando os dois textos, é perceptivo, que “Werther” tem um viés mais romântico, pois, usam-se vários pronomes possessivos como minha, meu, mim. Em alguns fragmentos retirados do texto podemos perceber o emprego desses pronomes: “Minha alma inunda-se de uma serenidade maravilhosa”, “Quando em torno de mim os vapores se elevam do vale querido”. Partindo do principio que os românticos escrevem seus livros usando muitos pronomes possessivos, que se coloca sempre acima de tudo e pensa só nele mesmo, leva-nos a acreditar que ele pode ser considerado “egocêntrico” e que esse egocentrismo pode ser considerado um subjetivismo (o romantista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo) exagerado. A fé cristã é uma característica muito forte em textos escritos pelos românticos e, em Werther não é muito diferente, sobretudo, porque podemos perceber em uma passagem quando ele diz “(...) e sinto a presença do Todo – Poderoso que nos criou a imagem (...)”, no entanto o autor faz o uso da hipérbole que seria o uso exagerado das palavras num determinado contexto, é outro recurso que também é bastante utilizado pelos romancistas, por exemplo, “(...) e o sol pino procura devassar a impenetrável penumbra da minha floresta (...)”, “(...) que nos sustenta e faz flutuar num mundo de ternas delícias (...)”.
Já “Madame Bovary” é um texto mais realista, ou seja, ele é objetivo, narrado na 3º pessoa e suas experiências extra-conjugais são narradas ironicamente, como mostra a passagem do texto “Ora um dia, pelas três da tarde, todos estavam no campo, quando Charles entrou na cozinha; não reparou logo em Emma (...)”, “De acordo com os costumes do campo, ofereceu de beber a Charles. Este recusou, ela insistiu e enfim convidou-o, rindo, a tomar um licor com ela (...)”, o autor usa e abusa de uma narrativa minuciosa, ou seja, uma narrativa com muitos detalhes usando da verossimilhança, sendo objetivo para saber o que está acontecendo exatamente no contexto da narrativa “(...) Como estava quase vazio, dobrou-se um pouco para trás; e, com a cabeça inclinada, os lábios e o pescoço estendidos ria de não sentir nada, e, a ponta da língua passando-lhe por entre os dentes finíssimos, dava pequenas lambidas no fundo do cálice”, “Pelas fendas da madeira o sol estendia no sobrado grandes fitas delgadas, que se quebravam no ângulo dos móveis e vacilavam no teto”. Podemos perceber que o autor do texto nos descreve cada detalhe que se desenvolve na narrativa.
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