Análise crítica do texto: A utilização de testes psicológicos em organizações de Minas Gerais

        O artigo “A utilização de testes psicológicos em organizações de Minas Gerais” busca identificar quais os testes psicológicos que estão sendo mais utilizados pelos psicólogos organizacionais após análise feita pelo Conselho Federal de Psicologia a partir de 2003, estes mesmos que são usados na investigação e a avaliação das diferenças individuais, e são considerados ferramentas importantes nas empresas na âmbito da seleção de pessoal. A validade de um teste consiste entre a relação de desempenho no teste e outros fatores independentes observáveis do comportamento em observação, o que é avaliado são as interpretações exigidas dos escores do teste. Como forma de buscar estes resultados, nove empresas mineiras participaram deste estudo para a elaboração deste artigo, estas estão localizadas na região metropolitana de Belo Horizonte, ao qual todas possuíam psicólogos no setor de Recursos Humanos.

        Foi utilizado para a coleta de dados um roteiro de entrevistas elaborado pelas autoras (Viviane Baumgarti, Andresa Pagano, Jordana Lacerda) tendo um período de setembro a dezembro de 2006, onde os psicólogos responsáveis por cada organização respondiam as perguntas do roteiro. Em relação aos instrumentos mais utilizados na avaliação psicológica todos os profissionais revelaram que utilizam os testes psicológicos, tendo como destaque o teste Psicodiagnóstico Miocinético (PMK), além dos testes de personalidade Zulliger e o Palográfico, o Quati, Pfister e o Rorschach. Em relação aos testes de inteligência, o mais usado é o G36 em seguida o R1, e o BPR-5 e por ultimo o G38. E em testes de atenção, destaca-se AC, logo após o D2 e a Bateria de Funções Mentais para Motoristas (BFM-1).

        A utilização de testes psicológicos vem sito usado como forma de instrumento da Avaliação psicológica, sendo feito com intuito de analisar o sujeito, mas sempre respeitando o contexto e a subjetividade dos avaliando. Suponhamos que em uma seleção de emprego, o candidato ao fazer um teste, por exemplo um G36  que demanda maior atenção por se tratar de um teste de inteligência, e neste dia tivera tomado um susto muito grande em razão de algo que lhe acontecerá, e por isso não tiver em condições de raciocinar com clareza, é justo que este seja o método de avaliar sua inteligência, não levando em conta o que lhe acontecera ao decorrer do dia? Ser tecnicamente avaliado por apenas um resultado que não mostra sua verdadeira aptidão? É possível raciocinar sem se concentrar? E se concentrar estando assustado ?

A avaliação psicológica é um processo de coleta de dados, constitui-se de métodos e técnicas de investigação, dentro dos métodos estão os testes psicológicos de uso exclusivo do psicólogo, e utilizados adequadamente podem oferecer informações importantes sobre o indivíduo. O teste psicológico deve ser um dos métodos de ajuda para a seleção, não apenas o único método de escolha, visto que a função do teste psicológico é apenas auxiliar na seleção e não como forma de rotular o indivíduo. Para um teste ser aprovado há bastante cuidado, todos tem uma base de fundamentação teórica, cientificamente contextualizado, não há nada de achismo, e os profissionais que os aplicam são estruturados para isso, o profissional da área adquire a responsabilidade de ser ético. Os testes psicológicos são de uso exclusivo dos psicólogos, pois é preciso todo um conhecimento e toda uma preparação para lidar com o material, fazer sua aplicação, apurar os dados e a elaboração do laudo, e  por meio desta ferramenta, é possível ter uma visão sobre a tendência do comportamento do indivíduo.