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ANÁLISE: A CARNE

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Por:   •  11/12/2014  •  495 Palavras (2 Páginas)  •  269 Visualizações

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A CARNE

O presente trabalho versará sobre a obra literária: A Carne, de Júlio Ribeiro. A obra é um romance naturalista publicado em 1888 que aborda temas como: separação, amor livre, a imposição da mulher na sociedade, dentre outros.

O livro foi chamado de escandaloso, pornográfico, sem valor literário; por outro lado é incontestável o grande sucesso popular do romance, causado por estes mesmos temas criticados até então.

O livro transita de um início em que reina os prazeres carnais para um final trágico dos desenganos da mente.

Escrito em uma linguagem culta, Júlio Ribeiro coloca a hipocrisia como muro dos conhecimentos científicos, o mesmo é abordado em seu livro, colocando os personagens como organismos, cada um mantendo sua função.

Descreve detalhadamente cada cena,criando assim uma narrativa lenta que gera ao leitor imaginar as frases descritas. Mesmo criticado, o livro apresenta grande importância na literatura brasileira, relevando questões ocultas naquela época.

Júlio Ribeiro, embora romancista cultivou o naturalismo e acabou se tornando “pai” de vários autores, que tem como base suas obras.

Linguagem culta, o estilo do narrador se faz de grande parte características Naturalista, com uma narração lenta e altamente descritiva:

“... depois foi um tempestuar infrene, temulento, de carícias ferozes, em que os corpos se conchegavam se fundiam, se unificavam; em que a carne entrava pela carne; em que frêmito respondia a frêmito, beijo a beijo, dentada a dentada.”

Descreve a flora e a fauna brasileira cientificamente: “...como se chamam estes pássaros verdes, de bico redondo?- Chamam-se sabia cis.- No Brasil os psitacídios serão representados somente por arás e papagaios?”

Deixa a marca determinista, levando o leitor a conclusão:

“...tratava-se de três mulheres pelo menos... E quem sabe se não seriam seis ou mesmo sete...”

Criticava a sociedade hipócrita:

“Que lhe importava a ela a sociedade e as suas estúpidas convenções de moral?”

9. Movimento Literário Júlio Ribeiro romancista, ocupou a cadeira 24 da Academia Brasileira de Letras(ABL). Seu livro A Carne, se envolve diretamente com os seguintes movimentos literários:Romance Naturalista Se destacando pela abordagem extrema do sexo e pelo uso da linguagem falada, resultando em um dialogo verdadeiro, que na época foi considerado inovador, motivo de criticas. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de estar lendo uma obra contemporânea. Procura mostrar o indivíduo como produto de um conjunto de fatores "naturais". A perspectiva evolucionista de Charles Darwin, descrita no livro, inspirava os naturalistas, que acreditavam ser a seleção natural impulsionadora da transformação das espécies. Assim, predomina nesse tipo de romance o instinto, o fisiológico e o natural,retratando principalmente o erotismo como elementos que compõem a personalidade humana.Apesar do que muitos imaginam o realismo e o naturalismo em muito se parecem, mas ambos se diferenciam em alguns aspectos, tais como:Realismo:Literatura influenciada por Gustave Flaubert (França).Indivíduo

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