AS CONCEPÇÕES DE LEITOR
Por: Eu A • 23/8/2015 • Trabalho acadêmico • 918 Palavras (4 Páginas) • 191 Visualizações
1. IDENTIFICAR E DESCREVER CONCEPÇÕES DE LEITURA, LEITOR.
Diz Rubem Alves: “Quando lemos outra pessoa pensa por nós: só repetimos o seu processo mental.” (De acordo paragrafo 11),(p.2).
“Quanto mais se é obrigado a ler, menos se pensa” de acordo com paragrafo 9, (p. 2).
“Nietzsche pensava o mesmo e chegou a afirmar que, nos seus dias, os eruditos só faziam uma coisa: passar as páginas dos livros. E com isso haviam perdido a capacidade de pensar por si mesmos”. De acordo paragrafo 12.(p.2).
1.1 Conclusão
O ato da leitura é uma experiência para ser vivida com prazer, sem cobranças, mas ler por puro prazer. Ler pelo simples gosto de ler. O conhecimento, a interpretação, o questionamento, vêm espontaneamente.
Diz Sírio Possenti: “A experiência de Leitor é intrasferível”.“Se alguém lê e consegue com isso que outro se impressione e tente também, esta será outra experiência”. De acordo com p.33.
“Ler é reler, ou no mesmo livro ou em outro, a mesma coisa, a mesma cena, a mesma frase, a mesma personagem”, de acordo com p.32.
1.2 Conclusão
Nas palavras do professor Sírio Possenti: "Na escola, praga mesmo é o professor que não lê. Quem não lê nãosabe o que está perdendo, e, portanto, não tem por que aconselhar ou criar oportunidades para que outros leiam”.
Transformar os clássicos em “monstros sagrados”, em “altares do saber”, só pode afastar os jovens. Ler Camões para se fazer análise sintática, ou, como o fazem os destruidores de leitores mais modernos, Machado de Assis para analisar a conjuntura capitalista de sua época, só pode “enojar” qualquer leitor.
Dito isso, fica claro que a escola ou a biblioteca ideal trabalhariam com a leitura de cada indivíduo, caso a caso, já que a experiência pessoal conta muito para a fruição literária. Conta, mas não é tudo.
2. IDENTIFICAR E DESCREVER OS RECURSOS VERBAIS E NÃO VERBAIS
Uma concepção discursiva de texto e de leitura supõe que jamais se lê um texto na sua qualidade de enunciado, mas sempre na sua qualidade de discurso. O simples fato de ler impossibilita que o texto esteja aí como produto, já que ler é um processo. Isso se dá as condições de produção, que transforma um enunciado que nos autoriza a dizer que o leitor não pode fazer o que bem entender em relação ao texto. Melhor seria dizer que o texto impõe limites ao leitor. (p.31).
Noinicio do texto Rubem Alves nos mostra ações não verbais, por revelar seu estado emocional. “fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutorado, o que é um sofrimento” 1º paragrafo. Esta frase nos mostra a realidade concreta (língua e realidade) dado no enunciado pode provocar expressão, ou seja, o enunciado em interação, emoções, percepções situacionais, entre outros.Assim, podemos analisar o comportamento comunicativo não verbal e que pode ser visto como um recurso que regula a interação.
3. PRODUÇÃO DE TEXTO
Partimos primeiramente das condições sócio históricas desta crônica. Pesquisamos sobre Rubem Alves.
(Rubem A. Alves foi um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro. É autor de livros religiosos, educacionais, existenciais e infantis). Nascimento, 15 de setembro de 1933, Boa Esperança, Minas Gerais. Falecimento, 19 de julho de 2014, Campinas, São Paulo. Educação, Seminário Teológico de Princeton.www.rubemalves.com.br.
De acordo com os textos Sobre os perigos da leiturae Pragas da Leitura, se propõe a unir os fundamentos pedagógicos do Ler e Pensar. Um texto não pode ser compreendido comoalgo pronto e acabado, pelo contrário, deve ser entendido como uma estrutura em acabamento, com lacunas, e que necessita que alguém o complete e atribua um caráter significativo.
a leitura deve se apresentar como uma necessidade, um gosto para despertar o prazer no estudante para que ele possa absorver e aprender cada vez mais além de desenvolver suas competências leitoras dentro e fora da escola.
Ler compreensivamente é utilizar uma prática que precisa ganhar cada vez mais espaço nas escolas e fora dela, pois é através desse ato que o indivíduo compreende o mundo e a sua maneira de nele atuar como cidadão, sensibilizado dos seus direitos e deveres.
Ao desconsiderar a realidade do aluno, subestimar as metas da educação, banalizar o conteúdo próprio da língua e artificializar os modos de aprendizagem, a escola se fecha para o impacto de novas concepções em prol da democratização e qualidade do ensino. Ao negar a natureza das relações pessoais em sala de aula, o educador trai o seu compromisso e a sua razão.
Na oscilação entre os avanços e os retrocessos, entre a ousadia e a resistência, ficam as sementes do saber e do fazer, sempre alimentadas pelasiniciativas, pelos esforços, pela reflexão e, certamente, pelos nossos sonhos.
O autor, apesar de o título serbem humorado, procura retratar a tragédia de certas abordagens sobre a leitura. Algumas pragas provocadas pela leitura são conceitos disseminados socialmente, tais como:
- o falso conceito de anormalidade, improdutividade e periculosidade atribuído àqueles que se dedicam à leitura;
- a dissociação das ideias
- leitura e trabalho;
- a marca de "diferente" impingida aos leitores em razão da vida interior que a leitura provoca e supõe.
Essas pragas, diz o autor Sírio Possenti, afetam a prática da leitura, afastando os leitores dos textos e muitas vezes estabelecendo uma relação tortuosa. Entre elas:
- o professor que não lê;
- a ideia de que há livros adequados à idade e sexo;
- a imagem que os adultos tem das crianças;
- os livros didáticos como responsáveis pela perda da curiosidade;
- a censura como forma de seleção do livro adequado.
Portanto, formar o leitor crítico é uma necessidade de se construir cidadãos também críticos, para lutarem por seus espaços na sociedade e no mercado de trabalho, realizando seus ofícios com eficiência.
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