ASPECTOS DA ORALIDADE E ESCRITA COMO PRÁTICAS DISCURSIVAS NAS REDES SOCIAIS
Por: carmelitalima • 5/8/2019 • Artigo • 5.084 Palavras (21 Páginas) • 245 Visualizações
ASPECTOS DA ORALIDADE E ESCRITA COMO PRÁTICAS DISCURSIVAS NAS REDES SOCIAIS
RESUMO
Esta pesquisa vem demonstrar que as modalidades de linguagem oral e escrita são práticas sociais de interação que por meio da linguagem se manifesta em vários sentidos e dimensão dos gêneros textuais, pois imanentemente estão ligadas a uma função sociocomunicativa que mediante as relações no meio social se manifestam de formas diversas, transformando e dinamizando as formas já existentes de linguagem, porém sem perder a sua funcionabilidade e sentido, pois a construção de sentido sociocomunicativo se faz existir num processo interacional. Nesta pesquisa procuramos demonstrar que as praticas discursivas pelo meio oral e escrito é um fator dialógico por realidade empírica; mediante pesquisas Bibliográficas há embasamento teórico que nos garante a intenção do que mencionamos, pois temos como marco teórico a afirmação de (BAKHTIN, 2006, p. 117) toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Esta fala nos reporta a um sentido elementar do homem como ser social. As práticas de oralidade e de escrita na escola, planejadas e implementadas no sentido de ampliar a competência comunicativa dos alunos.
Palavra Chave: Oralidade, Escrita, Práticas Discursivas, linguagem, língua e rede sociais.
ABSTRACT
This research demonstrates that the method of oral and written language practices are members of interaction through language manifests itself in many ways and dimension of text genres, as immanently are linked to a socio communicative function that through relationships manifest themselves in the social environment in various forms, transforming and streamlining existing forms of language, but without losing its functionality and sense as building socio communicative makes sense if there is an interactional process. This research sought to demonstrate that the discursive practices through oral and written means is a dialogic factor by empirical reality; through research Bibliographical there is theoretical foundation that ensures the intent of what we mentioned, because we have the theoretical basis of the claim (Bakhtin, 2006, p 117). Every word serves as an expression in relation to each other. This talk reports on an elementary sense of man as a social being. The practices of orality and writing in school, planned and implemented to broaden the communicative competence of students.
KEYWORDS: Orality, Writing, Discursive Practice, language, tongue and social networks.
INTRODUÇÃO
Definimos texto oral e texto escrito como variações de mesma língua que têm por função social a comunicação. A língua é nesta situação um espaço de interação entre locutor e interlocutor que produzem sentido e há reciprocidade em comunicação. Neste processo de sentido tanto o texto oral como o texto escrito são importantes, não havendo primazia entre um e outro; pois as práticas sociais originam parâmetros e modelos de letramento que implicam domínios das práticas discursivas escritas e orais não sendo somente um vínculo do domínio de regras formais ensinadas no ambiente escolar por que a oralidade e a escrita são elementos naturais ao homem e estes como elementos importantes se integram por natureza histórica da organização da própria cultura social. Em sociedades baseadas no conhecimento, é preciso que a educação, seja ela de que faixa etária for, tanto nas comunidades como nos locais de trabalho, sejam discutidas as práticas de oralidade e escrita sob a égide das diversas formas de letramento que nos dias atuais existem, pois as novas demandas da sociedade e as expectativas de crescimento profissional requerem, durante toda a vida do indivíduo, uma constante atualização de seus conhecimentos e de suas habilidades, pois isto é uma visão elementar de inclusão social, tecendo sempre a consciência de um cidadão universal.
A oralidade e a escrita são elementos naturais ao homem e estes como elementos importantes são integrados quando se faz uma análise histórica da organização das culturas. E nesse contexto queremos mencionar que a transitoriedade advinda do uso das práticas sociais e desenvolvimento de mudanças e formas novas como fundamento primeiro do pensamento de Karl Marx (2005), que permitiu sua retomada e ampliação por vários teóricos de diferentes épocas, lugares e campos do conhecimento é ponto de motivação para que haja inclusão, na visão da dialética histórica, que envolve o homem e a sociedade, os sistemas de processamento da informação como elementos importantes para a compreensão dos fenômenos ligados à vida cotidiana. Isso só é possível quando se constata que o homem, essência da natureza e de suas transformações, é sujeito ativo no processo histórico que ele construiu e ainda constrói com ferramentas tecnológicas que ampliam suas possibilidades de sobrevivência no tempo e no espaço. O pensamento para ser entendido sobre os fenômenos da comunicação na vida cotidiana dos sujeitos históricos é real a dialética materialista e também os estudos sobre os regimes de processamento da informação, a saber, o oral e o escrito.
A presente pesquisa tem como finalidade explorar duas modalidades, a oralidade e a escrita como práticas sociais. Procura mostrar os aspectos dessas modalidades, trazendo à tona a consciência da necessidade ou sua utilização para a interação verbal dos falantes da língua, onde a dialogicidade acontece de forma tão rápida que muitas vezes não se percebe que estas duas modalidades se comportam no meio social de forma tão natural. De um modo geral as práticas sociais de comunicação têm envolvido o uso da língua (falada e escrita). Segundo Venício (2004, p. 62). A. de Lima, Freire definiu a comunicação como situação social em que as pessoas criam conhecimento juntas, transformando e humanizando o mundo, em vez de transmiti-lo, dá-lo ou impô-lo. Para Freire o homem é “um ser de relações”, que se desenvolve por meio do diálogo constante, porque quem está no mundo, está “com”. Por isso, para haver produção de conhecimento, é necessário pensar “com”, que é bem diferente de pensar “sobre”. Ser dialógico é não invadir, é não manipular, é não sloganizar. Ser dialógico é empenhar-se na transformação constante da realidade. (Freire 1977, p. 43).
Essas práticas sociais de comunicação por meio da linguagem determinam o lugar, o papel e o grau de relevância da oralidade e das práticas de escrita numa sociedade e justificam que a questão da relação entre ambos seja posta no eixo de um contínuo sócio-histórico de práticas. Temos aqui um modo de comunicação com características típicas da oralidade e da escrita, constituindo-se esse gênero comunicativo, como um texto misto situado no entrecruzamento de fala e escrita.
1. ORALIDADE E ESCRITA
À medida que a sociedade se torna cada vez mais dependente do conhecimento, faz necessário se argumentar com intuito de mudar certos pressupostos que permeiam a educação atual. A aprendizagem é um processo humano de caráter contínuo, iniciando nos primeiros minutos de vida e que se desenvolve ao longo dela, o que significa expandir o conceito de aprendizagem. É preciso ressaltar que o conhecimento vai se construindo de forma produtiva através de várias mãos. Com isso, o conjunto de saberes formado pela adesão das atividades é enriquecedor, pois é uma leitura de mundo não linear, na qual cada tema, cada conceito, remete para conexões com outros saberes, outros sentidos. O pensamento de Freire (1996, p. 139) expressa muito desta construção de saberes, pois afirma: a leitura de mundo revela, evidentemente, a inteligência do mundo que vem cultural e socialmente se constituindo. Revela também o trabalho individual de cada sujeito no próprio processo de assimilação da inteligência do mundo. Aprendemos, então, no decorrer da existência do viver humano, a interagir com pessoas; trocamos ideias, aprendemos não só por meio de aulas formais. Porém, as pessoas também são capazes de ensinar, transmitindo valores que na sociedade vivenciaram e têm acumulado para que se manifestem em expressões de formas diversas. Embora um indivíduo possa aprender bastante ao interagir com o objeto e com as pessoas, a complexidade do mundo acaba demandando que ele procure ajuda para formalizar aquilo que faz intuitivamente. No entanto, na escola não há de fato uma promoção do desenvolvimento de habilidades que auxiliem as pessoas a aprender e continuar aprendendo após a educação escolar. Elas deveriam aprender a buscar informação e como usá-la e, assim, apropriar-se de tal experiência, convertendo em algo pessoal. Segundo o relatório do Índice de Desenvolvimento Humano, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD (1999), uma população mínima do planeta exercita e beneficia-se da ideia de aprendizagem continuada ao longo da vida.
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