Análise De Obra Literária
Por: Crislaine Antunes Maidana • 11/8/2016 • Trabalho acadêmico • 1.223 Palavras (5 Páginas) • 307 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO, ARTES E LETRAS – FACALE
PROFESSORA ALEXANDRA SANTOS PINHEIRO
ACADÊMICA: BEATRIZ CEZARIO BUENO E CRISLAINE SILVA DOS SANTOS
TEMA: Análise De Obra Literária
CONTEÚDO PRAGMÁTICO:
Leitura;
Estrutura do gênero narrativo
OBJETIVO GERAL:
Incentivar a leitura de fruição.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Estimular à leitura de fruição;
Acrescentar a interação em sala de aula;
Dar a chance de problematizar em sala de aula para os alunos.
RECURSOS:
Lousa, giz, multimídia, e livro impresso.
METODOLOGIA:
Contato breve de recapitulação da obra;
Debates sobre específicos assuntos abordados na obra;
Contato com trechos selecionados da obra;
Aula de interação entre alunos.
DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO: 10 MINUTOS
Introdução à aula, com uma breve síntese do enredo da obra, como forma de relembrar os pontos significativos d história.
2º MOMENTO: 5 MINUTOS
Breve questionamento direcionado aos alunos sobre seu posicionamento em relação à leitura do livro. Como esse questionamento não deve gerar uma discussão que pode ser muito prolongado, irá apenas ser feita uma pergunta mais geral para que os alunos que se sentirem a vontade se pronunciar.
A questão será: “Algum de vocês tem algum comentário em relação ao livro? Algo que queria comentar? Alguma parte que não tenha compreendido?”
3º MOMENTO: 15 MINUTOS
Na sequência, anunciaremos a leitura de dois fragmentos do livro para embasar a nossa discussão. E assim leremos o primeiro trecho para fazer o primeiro debate, incitando os alunos a se pronunciar a respeito.
1º TRECHO
(...)
-É melhor o Senhor não vir mais.
Ele não gostou:
- Que que é isso, por quê?!
-É que...
-Você não gosta de mim?
-Hein?
-Diz!
-Ai.
-Não gosta?!
-É que... é que a dona Matilde vai descobrir.
-Não vai, não.
-E se ela descobre?
-Deixa comigo.
-E se ela já sabe?
-Deixa comigo, já disse!
-Se ela descobre ela me manda embora e eu não quero voltar pro orfanato.
-Então eu vou deixar você voltar pr’aquilo lá? Deixa comigo.
Dona Matilde deu pra repreender Sabrina cada vez com mais aspereza. Botou ela pra lavar prato, arear panela, esfregar chão, limpar vidro, varrer jardim. Na hora de cuidar das crianças a Sabrina não conseguia mais vencer o cansaço e volta e meia cochilava. Dona Matilde começou a bater na Sabrina cada vez que pegava ela cochilando.
Seu Gonçalves entrou no quarto e abraçou a Sabrina. Ela quis contar que apanhava, mas deu medo de, contando, apanhar ainda mais. Desatou a chorar. Ele se enterneceu.
-Tá chorando por que, benzinho? para com isso. Olha, amanhã eu te trago um presente bem bonito.
Trouxe. Uma calcinha de renda.
-Esconde quando não estiver usando, viu?
-Onde?
-Você não tem um esconderijo?
-Esse buraco no colchão.
-Então?
Na outra vez que voltou trouxe fruta cristalizada. Não brincava mais de esconder bombom e bala no jardim: deixava na cadeira do quarto quando entrava. Quando saia falava:
-A balinha que você gosta taí na cadeira.
Ou chocolate. Ou revista em quadrinho. Ou lenço. Mas levava sempre uma coisa. E quando uma noite não levou, explicou:
-Hoje não deu tempo de comprar.
-Ah...
-Mas guarda esse dinheirinho. – Saiu.
Sabrina levantou, pegou o dinheiro, levou pra junto da janela, examinou, largou pro lado, sentou. Ficou olhando pro chão. Pegou de novo o dinheiro dobrou devagar a nota, enfiou ela no colchão. E, na noutra noite, quando o seu Gonçalves já ia saindo:
-Ei!! e o dinheirinho?
QUESTÕES:
- Vocês acham que a Dona Matilde suspeitava de algo?
- Vocês acham que a Sabrina sabia que estava se “prostituindo”?
- Vocês acham que ia adiantar Sabrina reclamar da Dona Matilde para seu Gonçalves? Ou do seu Gonçalves para Dona Matilde?
4º MOMENTO: 15 MINUTOS
Após terminar a discussão em cima do primeiro trecho iremos ler o segundo fragmento e iniciaremos um novo debate sobre a temática daquele pequeno contexto. Com questões direcionadas.
2º TRECHO
Paloma tinha ficado observando a mudança de expressão no rosto de Sabrina. Quando o olhar das duas se encontrou, a Paloma sorriu e perguntou:
-E o que que você é?
-Puta, ué.
A resposta deu um susto na Paloma. Ela se endireitou na cadeira.
-Que que é isso, Sabrina? que brincadeira é essa?
Sabrina olhou para ela ressabiada.
-O Andrea Doria não contou pra senhora?
-Contou o quê?
-Naquele dia... que eu fui almoçar na sua casa. Ele não contou pra senhora que me viu com o açougueiro? Lá no capinzal?
Paloma fez que não. Sabrina baixou o olho:
-Bom... então eu não precisava ter falado nada. Pensei que a senhora sabia.
Silêncio.
Sem se dar conta, a Paloma baixou a voz:
-Que idade você tem?
E Sabrina, na defesa:
-Já vou fazer onze.
-E por que que você diz que é puta?
-Puta não é quem descola uma grana pra fazer coisa que homem quer que a gente faz quando fica pelada?
...