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Análise intermediária Queixei-me de baratas - Clarice Lispector

Por:   •  6/4/2015  •  Resenha  •  444 Palavras (2 Páginas)  •  687 Visualizações

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Fazendo uma análise intermediária, nível  2 do texto "A Quinta História" de Clarice Lispector, logo no início da narrativa é citado pela autora a seguinte frase:


                                                                      "Farei então pelo menos três histórias, verdadeiras,       porque nenhuma delas mente a outra. Embora uma única,

seriam mil e uma, se mil e uma noites me dessem"

Nesse trecho podemos observar que já traz o sentido de morte, pois mostra que não lhe restarão mil e uma histórias, pois não terás mil e uma noites.

Podemos dizer que na primeira história, a narrativa é bem objetiva, sendo que na segunda ela cita ser a mesma história, mas contada em detalhes. Podemos remeter isso no sentido de que nem tudo é tão superficial, que sempre existe uma história mais intensa se realmete desejarmos saber, como se fosse uma reflexão sobre si mesma.

Fazendo uma análise do primeiro e segundo texto, já é evidenciado o desejo de morte, mostrado no texto sempre com receitas de como matar baratas.

Na terceira história, Clarice Lispector, usa a intertextualidade, quando compara as baratas mortas à
hecatombe de Pompéia, erupçaão vulcanica, e as baratas petrificadas.
O massacre das baratas na terceira história mostra revela as particularidades do narrador e das baratas, sendo que evidencia o prazer de o narrador ver as baratas mostras. Sendo que as baratas deixam ser levadas pelo elixir preparado, e se entregando a morte.

No final desse terceiro conto há frase inacabadas, tais como: “[...] essas de súbito se cristalizam, assim como a palavra é cortada da boca: eu te...”, e “[...] é que olhei demais pra dentro de mim! é que olhei demais para dentro de...” . Podemos remeter isso como se a vida tivesse acabado.

No quarto conto, inicia-se como a frase "Inaugura nova era novo lar", no entanto a história começa da mesma maneira "queixei-me de baratas". Nesse conto a narradora percebe que o movimento das baratas é infinito e que todo dia ela terá que fazer o mesmo ritual de dedetização.
E nessa historia a escolha da dedetização coloca fim no conto, como se a narradoa quisesse se livrar do ritual diário. É interessante observar que a "morte" (das baratas) era algo impossível de escapar e que mesmo assim as baratas voltariam. E assim inicia-se a quinta história.




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