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As Escolas Literárias Barroco

Por:   •  30/3/2023  •  Seminário  •  1.464 Palavras (6 Páginas)  •  119 Visualizações

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Seminário de Língua Portuguesa

Tema: Escolas Literárias - Barroco

Contexto Histórico do Barroco

O Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, causou grandes reformas no Catolicismo, em resposta à Reforma Protestante de Martinho Lutero. Assim, a autoridade da Igreja de Roma foi vigorosamente reafirmada, depois de perder muitos fiéis. A Companhia de Jesus, reconhecida pelo papa em 1540, passa a dominar quase que inteiramente o ensino. Ela exerceu um papel importante na difusão do pensamento católico aprovado no Concílio de Trento. A Inquisição que se estabeleceu na Espanha a partir de 1480, e em Portugal a partir de 1536, ameaçava a liberdade de pensamento. O clima era de austeridade e repressão. Foi nesse contexto que se desenvolveu o movimento artístico chamado Barroco, numa arte eclesiástica que desejava propagar a fé católica. Em nenhuma época se produziu um número tão grande de igrejas e capelas, estátuas de santos e monumentos sepulcrais. Em quase todas as partes, a Igreja se associava ao Estado. Assim, a arquitetura barroca, antes só religiosa, surge também na construção de palácios, com o objetivo de causar admiração e poder.

Principais características do Barroco

- Arte rebuscada e exagerada;

- Valorização do detalhe;

- Dualismo e contradições;

- Obscuridade, complexidade e sensualismo;

- Barroco literário: cultismo e conceptismo;

A arte barroca na Europa

O estilo barroco teve início na Itália sendo, posteriormente, desenvolvido em outros países europeus na pintura, na arquitetura, na escultura, na música e na literatura.

O Barroco na Itália

O barroco italiano é a denominação historiográfica da dimensão local na Itália do barroco, um movimento cultural com extensão intelectual, literária e todo gênero de arte, sua localização temporal vai desde o final do século XVI (Caravaggio) até meados do século XVIII. Com o nome de “barroco” é muitas vezes chamado a arte do século XVII. Esta denominação é relativamente moderna: devemos a Francesco Milizia, que a utiliza em seu Dizionario dele belle arti del  disegno (1797), para classificar todos aqueles artistas que têm um estilo contrário ao clássico.  O barroco aparece como o oposto do classicismo: é o excesso, a confusão, o dinamismo diante  da quietude e a medida contra a ordem e clareza do classicismo romano. A Itália foi  considerada o berço do Renascimento e da arte barroca onde diversos artistas se destacaram.  

Sendo estes os principais:

1. Caravaggio (1571-1610)

Caracterizado pela rudez de suas obras, Caravaggio pintou temas religiosos onde explorava o contraste entre luz e sombras. Destacam-se: "A Captura de Cristo", "Flagelação de Cristo", "A  Morte da Virgem", "A Ceiade Emaús", "Davi com a cabeça de Golias", "Flagelação de Cristo".

2. Bernini (1598-1680)

Bernini foi um escultor e arquiteto italiano. Suas obras encontram-se em Roma e no Vaticano,  entre elas: a "Praça de São Pedro", "Catedral de São Pedro", "O Êxtase de Santa Teresa",  "Busto de Paulo V" e "Castelo de Santo Ângelo".

3. Borromini (1599-1667)

Francesco Borromini foi arquiteto e escultor italiano. Entre suas obras destacam-se: a "Catedral de São Pedro", "Sant'Agnese in Agone", "Palazzo Spada", "Palazzo Barberini", "Sant'Ivo alla Sapienza" e a "Igreja de San Carlo alle Quattro Fontane".

4. Andrea Pozzo (1642-1709)

Pozzo foi arquiteto, pintor e decorador italiano. Entre suas obras estão: "Glorificação de Santo Inácio", "Anjo da Guarda", "A Apoteose de Hércules", o teto do "Salão Nobre do Palácio Liechtenstein", em Viena, e a "Falsa Cúpula de São Francisco Xavier".

O Barroco na Espanha

Na Espanha a pintura Barroca apresenta grande emoção, drama, composição teatral, uso de claros e escuros, iluminação a partir de um ponto, pinceladas soltas, cores luminosas, invariavelmente junto aos temas religiosos. De modo geral, são proibidos: os nus, as figuras sensuais e os temas pagãos. Sob influência da arte italiana de Caravaggio o realismo e naturalismo passam a fazer parte das composições artísticas. Entre os mais conhecidos nomes de artistas espanhóis do período encontram-se:

1. José de RIBERA (1591-1652)

Conhecido com o nome italiano de Jusepe ou Giuseppe, José de RIBERA (1591-1652) nasceu em Xàtiva, na província de Valência. Em busca das novidades provocadas pelas pinturas realistas de CARAVAGGIO (1571-1610), Ribera foi até Milão e em seguida para Roma, onde também conheceu a pintura de RAFAEL (1483-1520) e Guido RENI (1575-1642). Da capital romana, Ribera foi para Nápoles, então controlada pela Espanha, e ali se estabeleceu, aplicando os conceitos do estilo Barroco. E uma de suas principais obras é: [O Martírio de São Bartolomeu, 1634. Óleo sobre tela, 104×113.]

2. Diego Rodrigues de Silva y VELÁSQUEZ (1599 -1660)

Em Sevilha, onde nasceu, Diego Rodrigues de Silva y Velásquez tinha ficado impressionado com as descobertas e a maneira de CARAVAGGIO. Membro da corte de Filipe IV5 em Madrid, a partir de 1623, Velásquez transformou os retratos da família real espanhola, em encantadoras e impressionantes obras de arte.Um dos maiores quadros, e consequentemente uma de suas maiores obras do artista com o título de – As Meninas – se destaca pela composição complexa, realista e carregada de significados.

3. Bartolomé Esteban Perez MURILLO (1618-1682)

Bartolomé Murillo nasceu em Sevilha, na Espanha e lá viveu praticamente toda a vida. A permanência em Madrid por volta de 1648 a 1650 lhe valeu a experiência e o contato com as obras flamengas de RUBENS e VAN DYCK e as cores venezianas nas pinturas de TINTORETTO e TICIANO, dispostas no palácio real. Sabe-se que nessa curta estadia, Murillo conheceu Velásquez e influenciou Zurbarán em seu estilo tardio. Tendo se tornado o primeiro pintor da cidade de Sevilha, Murillo fundou uma academia de pintura, produzindo continuamente para uma fiel clientela ajudado por numerosos assistentes, quando sua fama transpassou os limites de Sevilha. Uma de suas principais obras é: [O pequeno comerciante de frutas, 1670. Óleo sobre uma tela. 144,3×107,6. Alte Pinakothek, Munique, Alemanha.]

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