Cartas Para um Autor
Por: Joelma Rodrigues • 28/4/2022 • Trabalho acadêmico • 569 Palavras (3 Páginas) • 92 Visualizações
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Discente: Joelma Coelho Rodrigues[1]
Docente Avaliadora: Ângela Paiva Dionísio[2]
CARTA PARA MARCUSCHI
Querido professor Luiz Antônio Marcuschi,
Não nos conhecemos pessoalmente, mas posso lhe assegurar que só estou aqui devido aos teus pertinentes trabalhos para os estudos linguísticos deste país. Conheço-o pelas palavras de grande peso que deixaste e sou extremamente grata pelo que fizeste antes de partir.
Tu fazes falta para todos nós, e principalmente para quem teve a sorte de tê-lo por perto. A vida pode parecer longa, mas é curta, e precisamos agir rápido, deixar a nossa marca no mundo, para as gerações futuras. Tu fizeste este trabalho com maestria. Sei que olhas aí de cima e torce para que nós, professores de língua, possamos contribuir para o ensino de língua e produção e compreensão de textos. A linguagem está por toda parte e é com ela que podemos nos comunicar. Debruçar-me sobre essa área é me debruçar sobre o mundo que me cerca e tentar compreendê-lo. Foi por isso que decidi iniciar esta pós-graduação em Língua Portuguesa na renomada UFMG. Tu estás a me ajudar com isto.
Estamos vivendo (ou sempre vivemos!) em tempos turbulentos nestes meados de 2022: uma pandemia, guerras e incerteza política em nosso país. Estamos a todo tempo angustiados e amedrontados com o futuro, que parece trazer o pior, sempre. Ter a atitude de estudar, de querer crescer e tornar o mundo um lugar melhor é algo de se orgulhar. É o que busco fazer e, apesar de todos os obstáculos que estou tendo nesta minha nova jornada, não irei desistir. Acredito que não apenas amor, mas também a evolução científica poderá nos tirar do fundo do poço do qual todos estamos. Nós, professores, temos papel fundamental na formação de futuros cidadãos.
Sinto-me aberta para me expressar contigo, abrir meu coração para alguém que não está mais aqui (apesar de não poder ouvir teus conselhos). Com toda essa turbulência mundial, eu (ninguém) não estou completamente sã. São tantas obrigações durante o dia e tantas demandas que quase não paro para descansar e pensar sobre tudo o que vem acontecendo. Escrever-te, agora, me possibilitou isso. Vivemos vidas corriqueiras, rotineiras e de momentos de felicidade momentânea: a ficha do estrago que estamos só cai quando saímos daquele banho de final de dia e nos olhamos no espelho, fazendo a seguinte pergunta: eu estou bem? E é nesse momento que tudo vem à tona e as lágrimas começam a transbordar de nossos olhos. Sigo firme e espero que manter a mente ocupada possa me livrar de ter tais pensamentos.
Deixando de lado o sentimentalismo, querido professor, e para finalizar esta carta, espero que estejas orgulhoso do fruto que teus trabalhos estão tendo no ensino de leitura e produção de texto para os alunos do nosso Brasil. Nós, professores, somos o alicerce e a escada para nossos alunos alcançarem seus objetivos. Me especializar nisso demonstra meu imenso amor por essa área, pela minha língua e meu papel como professora. Estou fazendo a minha parte para, assim como tu, deixar o meu legado antes de partir.
Fico aliviada por expressar meus sentimentos e emoções contigo, Marcuschi.
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Um grande abraço!
Joelma Rodrigues
[1] Licenciada no curso de Letras com Habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade da Amazônia – (UNAMA)
[2] Professora titular na área de Língua Portuguesa, aposentada, do Departamento de Letras, da Universidade Federal de Pernambuco – (UFPE)
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