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DIFICULDADES FONÉTICAS E FONOLÓGICAS

Por:   •  20/5/2017  •  Monografia  •  1.919 Palavras (8 Páginas)  •  240 Visualizações

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FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO[pic 1]

ANDRESSA GABRIELA LANZA DO NASCIMENTO

LÍNGUA PORTUGUESA COMO IDIOMA ESTRANGEIRO:

DIFICULDADES FONÉTICAS E FONOLÓGICAS

SÃO PAULO

2016

ANDRESSA GABRIELA LANZA DO NASCIMENTO[pic 2]

LÍNGUA PORTUGUESA COMO IDIOMA ESTRANGEIRO:

DIFICULDADES FONÉTICAS E FONOLÓGICAS

Trabalho apresentado a disciplina Fonética e Fonologia do Português como parte dos requisitos necessários à obtenção da nota final do curso.

Professor: Waldemar Ferreira Netto

SÃO PAULO

2016

RESUMO

        A aprendizagem da Língua Portuguesa como idioma estrangeiro é, em geral, voltada para pessoas vindas de países não-lusófonos que necessitam do Português por motivos profissionais, por alguma mudança ou por diversão. Para Sellan (2001), devido às razões políticas e acordos internacionais, o número de pessoas interessadas em falar Português tem crescido bastante nos últimos tempos. Segundo Sellan (2001):

        Nos últimos anos, muitas pesquisas têm sido realizadas para esse fim, pois se pressupõe que ensinar Português para estrangeiros implica não só oferecer subsídios para aquisição de conhecimentos linguísticos  fonológicos, morfológicos, sintáticos — mas também possibilitar ao aluno experenciar uma nova cultura, ou seja, permitir-lhe acesso à cultura da língua alvo.

        Quem deseja ter o Português como segunda língua, porém, deve se preparar para as dificuldades que o idioma trará.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 04

PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE SEGUNDA LÍNGUA................................................. 05

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA VERSUS DESENVOLVIMENTO DO ADULTO................................................................................................................................. 06

AQUISIÇÃO DAS NASAIS DO PORTUGUÊS POR FALANTES DE ESPANHOL E OS PROCESSOS DE ALOFONIA...................................................................................... 06

DIFICULDADES DE FALANTES DE JAPONÊS AO APRENDER O PORTUGUÊS......................................................................................................................... 07

CONCLUSÃO........................................................................................................................ 09

REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 10

INTRODUÇÃO

        Durante o processo de aprendizagem de uma segunda língua, deve-se saber que a pronúncia não será exatamente igual a de um falante nativo.

        Baseado em um dos estudos de Saussure sobre linguagem, destaca-se a relação intrínseca língua/fala. Na definição do linguista genebrino, língua "é a parte social da linguagem que, em forma de sistema, engloba todas as possibilidades de sons existentes em uma comunidade". Partindo desse princípio, a língua se caracteriza como ato exterior ao indivíduo que, não pode criá-la nem modificá-la. De acordo com os linguistas, a língua evolui de geração em geração. Já a fala, é individual e pertence ao falante que tem total liberdade para usá-la. Em "Aula de Português", o poeta Carlos Drummond de Andrade escreve sobre a relação linguística Língua + Linguagem = Comunicação. Nos versos do poeta, “linguagem/ na ponta da língua/tão fácil de falar/ e entender”...

PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE SEGUNDA LÍNGUA

        R. C. Major (1987) tem como foco sistematizar o processo de aquisição de segunda língua para que assim seja mais fácil identificar possíveis erros nos estágios do aprendizado. Trata-se de um modelo embasado na relação entre os processos de interferência e desenvolvimento.

        A interferência refere-se à fase em que o aprendiz transfere para o segundo idioma estruturas de sua língua materna. A fase de desenvolvimento inicia-se quando o processo de transferência passa a decrescer e encerra-se quando o aprendiz chega à perfeição do som adquirido.

        Supõe-se que, durante as primeiras fases do processo de aquisição fonológica, ocorram predominantemente as influências da língua materna sobre a segunda língua. Essa influência tende a decair gradualmente ao decorrer do processo.

        Assim, no início do processo de aquisição o aprendiz encontra-se no pico de um processo de interferência que passa a decrescer até chegar a zero, como pode se observar no gráfico abaixo:

[pic 3]

        Simultaneamente ao processo de interferência o aprendiz passa pelo processo de desenvolvimento, que ao contrário da interferência, parte do zero e aumenta gradativamente durante o processo de aquisição, alcançando um pico de frequência de onde então passará a decrescer:

[pic 4]

        Esse decréscimo representa a parte final do processo de desenvolvimento e de aquisição. Quando o falante está chegando ao fim do processo de aquisição, o processo de desenvolvimento começa a diminuir, porque a segunda língua já está sendo assimilada.

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA VERSUS DESENVOLVIMENTO DO ADULTO

        Tanto as crianças quanto os adultos têm os mesmos mecanismos de aprendizagem no processo fonológico de aquisição de linguagem, a diferença está no ponto de partida. Enquanto os adultos têm como base a língua materna, as crianças têm o sistema nativo de pré-linguagem. O processo de aquisição é parecido nas crianças e nos adultos porque ambos partem de um ponto conhecido, no caso dos adultos, e de um sistema inato, no caso das crianças, e se desenvolvem com base nisso.

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