DISCIPLINA: LINGUA PORTUGUESA- FONOLOGIA
Por: elizianelucas • 4/11/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.005 Palavras (5 Páginas) • 263 Visualizações
UNIVESIDADE FEDERAL DO CEARÁ
PÓLO MERUOCA
DISCIPLINA: LINGUA PORTUGUESA- FONOLOGIA
TUTORA: MARIA DA GLORIA FERREIRA DE SOUSA
ALUNA: ELIZIANE LUCAS DE SOUSA
PORTFOLIO 3 – AULA 5
Questão 1- Vamos aplicar o que aprendemos até aqui à observação da variação entre: (a) a pronúncia costumeira sua ou de outras pessoas de sua geração (melhor não mais que cinco anos menos ou mais que você), (b) a pronúncia de pessoas de gerações anteriores (pelo menos 20, 40, 60 anos menos) e (c) pessoas mais jovens (todos com mais de 10 anos de idade e menos de 20).
Também neste trabalho, não se quer que seja simplesmente citada a literatura disponível, impressa ou da Rede. Suas afirmações devem mostrar o que você percebe ao observar as pessoas e conversar com elas a respeito. É importante, na última parte de seu trabalho, discutir em que casos cabe, ao tratar das variações, usar os conceitos de 'bom' ou 'mau', 'certo' e 'errado', justificando suas conclusões a respeito com base no que estudamos nesta disciplina.
Deve ser feita grupos de 2 ou 3 alunos, mas pode ter também 4 ou 1 aluno apenas. Não se espera que façam trabalhos perfeitos, mas esperam-se trabalhos úteis por trazer informações verdadeiras de sua comunidade. Cópias e citações sem fontes informadas podem gerar notas nulas sem direito de substituição do trabalho.
Comumente passamos pela experiência de acompanhar uma conversa em grupo e ouvi-la. E mais rotineiramente costumamos julgar tais membros desta conversa com base em fatores como as circunstâncias da interação, classe social e até mesmo a origem geográfica. Esta última ainda é uma das principais causas de preconceito linguístico (CAMACHO, 2004).
Levando em consideração os fatores socioeconômicos e culturais de determinado grupo social, ocasionando diferentes formas de pronunciar e até mesmo de escrever, verificamos que o preconceito linguístico ainda é muito frequente na nossa sociedade. O mesmo preconceito é notório em relação de região para região do nosso país, Nordeste X Sul, como também as características sociais e culturais adquiridas por essa mesma região ao longo da própria história.
Essas particularidades da pronúncia que dizem a respeito das influencias históricas como as invasões durante o período colonial, foram decisivas para toda cultura de toda e qualquer região, até mesmo nas características fonéticas.
Na nossa região este preconceito ainda se faz presente através de uma cultura rural do nosso povo, os avós falam mais carregado, tanto pelas características de pai para filho, também resultante do nível de escolaridade. Com os avanços da tecnologia estas características puderam ser alteradas até mesmo na fala desses indivíduos, como a inserção de outros meios como bibliotecas, cinema, teatro que antes até existiam mas seria de difícil acesso .
No campo das letras essas diferenças podem ser notadas por exemplo em um cordel do Patativa do Assaré em relação a uma poesia de Carlos Drummond de Andrade, não apenas pelo fator social e econômico mas pela cultura de determinada região.
Caboclo Roceiro, das plaga do Norte
Que vive sem sorte, sem terra e sem lar,
A tua desdita é tristonho que canto,
Se escuto o meu pranto me ponho a chorar
(Patativa do Assaré, Antologia Poética, Caboclo Roceiro)
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto se desata:
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.
(Carlos Drummond de Andrade, A Rosa do Povo, Áporo)
Ao observar meus pais conversando, que formam uma geração anterior à minha, com seus 30 ou 40 anos de diferença em relação à minha idade, é nítido a variação fonética presente em sua pronúncia em relação a pessoas mais jovens de forma geral. Em uma conversa pude notar que, por ocasião de uma forte cultura que vem sendo repassada de geração em geração nessa localidade, uma significativa variação. Observou-se uma variação nas palavras moer, vou, menino, que em sua pronúncia tais palavras ficam da seguinte maneira: muer,rou,minino. visto que essa variação se dá pelo fator fonologico-fonetico, tendo por tanto a ocorrência da substituição de um fonema. Uma outra observação dando uma analise em características regional ao observar a pronúncia de uma colega de Santa Catarina, na palavra titia, que em sua pronúncia fica como “tsitsia” tendo portanto nessa variação palatização e o acréscimo de fonemas,
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