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E Aprenda Argumentar

Por:   •  14/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  3.880 Palavras (16 Páginas)  •  120 Visualizações

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A ARTE DE ARGUMENTAR

Gerenciando razão e emoção

Por que Aprender Argumentar?

A ideia de vivermos em sociedade, com suas ordens de reflexão, tendo como parâmetro seu crescimento e a outra reflexão é que somo vítimas da educação desestimulante, submetidos ao julgamento da opinião pública, onde nos deixa indecisos em nossos sonhos, nos tornando infelizes, afetando até mesmo pessoas com sucesso financeiro. Tendo assim como diagnóstico a solidão, que é uma doença que nos separa de nossos familiares, e mudando nossa forma de pensar e sentimentos.

Se tivéssemos um gerenciamento das pessoas que nos rodeiam, desde o campo profissional ao pessoal, seríamos pessoas mais felizes. Para mantermos esse controle interpessoal, é necessário um bom diálogo, uma ampla discussão.

Segundo o senso comum, argumentar é vencer alguém, força-lo a submeter-se à nossa vontade. Segundo Von Clausewitz, gênio militar alemão, essa afirmação do senso comum, serve para disseminar guerra em todos os meios sociais. E também trazer para nós aquilo que ansiamos.

Gerenciando informação

Os Estados Unidos, já realiza pesquisa sobre gerenciamento da informação por meio da comunicação oral e escrita, onde chegaram a conclusão, de que ler e escrever bem, os manterá líderes mundiais no próximo século. Nos motivando assim a caminharmos nesse mesmo raciocínio.

Já sabemos que o importante não são as informações em si, mas transformá-las em conhecimento. Temos que obter as informações e disseminá-las de forma responsável, para que não haja interpretação distorcida do fato.

Essa visão distorcida, teve a mídia anos atrás sobre a queda do então presidente das Filipinas Ferdinand Marcos, onde os jornais do mundo todo publicaram fatos de vários pares de sapatos no closet da primeira dama, Incelda Marcos, onde a prejulgaram como uma mulher fútil. Em seu julgamento na cidade de New York, a imprensa naquela ocasião todos os dias do julgamento, fotografaram seus pés, para destacar em suas manchetes, tamanha luxuria. Porém para surpresa de todos, todos os dias desse julgamento, onde ela foi absorvida, ela sempre usou o mesmo par de sapatos. Incelda fez uma confissão ao seu advogado , que todos aqueles pares de sapatos, foram presentes das fábricas de sapatos das Filipinas, para que tivessem suas marcas associadas a imagem da primeira dama. Apesar disso, sua imagem continuou sendo associada a de uma pessoa fútil.

Além de nossos próprios pontos de vista, existem ainda os processos de manipulação. Exemplos dessas manipulações, temos fotos e fatos de guerra.

Como conseguimos nos defender de tudo isso? Não examinando apenas uma fonte de informação, mas todas. Assim poderemos obter  uma melhor ideia dos fatos.

Segundo o escritor peruano Mario Vargas Llosa; estamos condenados a uma existência que nunca está à altura de seus sonhos, os seres humanos tiveram que inventar um  subterfúgio para escapar do confinamento dos seus limites.

A leitura ainda nos permite, conhecermos as pessoas e as coisas, sem limites no espaço e no tempo. Permitindo assim, a descobrirmos novos mundos, enxergando com outros olhos.

A princípio a leitura é difícil para todos nós, mas a medida que aprofundamos nela, o quanto fica mais fácil manter um conhecimento crítico da informação repassada pela obra.

Gerenciando Relação

Quando entramos em contato com o outro, não simplesmente gerenciamos informação mas também nossa relação com ele. As formas de cumprimentos e tratamento fazem parte desse gerenciamento.

O diálogo é um puro ato de gerenciamento  de relação. Exemplo: O “eu te amo”, de um namorado para  sua amada é um gerenciamento, porque ela já sabe que é amada. A segurança quanto ao relacionamento, vem depois que se casam, e aí começam a negligenciar a parte carinhosa. Por esse motivo acabamos gerenciando mais informações e menos relação. Dentro de casa com as pessoas mais próximas, raramente falamos, “por favor”, “muito obrigado”. No espaço público falamos com mais frequência, mas por uma questão de sobrevivência.

No mundo em que vivemos é muito importante saber gerenciar a relação. Na área de serviço, tanto rural quanto na área industrial. Onde na área de serviço a um relacionamento próximo com clientes e clientes implicam um bom gerenciamento. Exemplo; O médico ou um dentista de sucesso não são aqueles que passaram em primeiro lugar no vestibular, mas aquele que é capaz de manter o relacionamento de maneira positiva com seus clientes.

Temos ainda como exemplo a távola redonda, que desde a idade média já se fazia presente para igualar a relação interpessoal com os cavaleiros do rei Arthur, e hoje redescoberta pelas concessionárias de automóveis. As concessionárias trocando as mesas retangulares por mesas redondas, onde o vendedor e o cliente se sentam lado a lado e não frente a frente, o que oferece relacionamento mais informal e menos hierárquico.

Na vida cotidiana não é diferente, quantas pessoas bem de vida, mas infelizes, por não saber se relacionar com os outros. Ninguém é feliz sozinho, mas o relacionamento social não nos garante essa tal felicidade. Ainda há aquele medo de entrar em contato com as pessoas de outro nível. Há pessoas que se vestem de uma armadura virtual para se defender, que não as protegem, apenas camuflam as feridas e a solidão. Mas é no relacionamento com o outro que construímos a pessoa humana e ganhamos a condição de sermos pessoas felizes.

Argumentar, Convencer e Persuadir

Argumentar é convencer. Quando você convence, você gerencia a informação de modo racional. Teoricamente, vencer junto. Persuadir é o mesmo que fazer algo por meio do auxílio divino. Porém convencer e persuadir são duas palavras distintas, dois termos distintos. Muitas vezes, conseguimos convencer as pessoas, mas não conseguimos persuadi-la.

Na persuasão a pessoa as vezes precisa de um empurrãozinho racional ou de sua própria consciência, enquanto conseguimos convencer uma pessoa que certa coisa lhe faz mal e essa pessoa continua agindo de forma errônea.

Um Pouco de História

A retórica, ou arte de convencer e persuadir, surgiu em Atenas, na Grécia antiga, por volta de 427 a.C, quando os atenienses, tendo consolidado na prática os princípios do legislador Sólon, estavam vivendo a primeira experiência de democracia de que se tem notícia na História. Ora, dentro desse novo estado de coisas, sem a presença de autoritarismo de qualquer espécie, era muito importante que os cidadãos conseguissem dominar a arte de bem falar e de argumentar com as pessoas, nas assembleias populares e nos tribunais. Para satisfazer essa necessidade, afluíram a Atenas, vindo sobretudo das colônias gregas da época, mestres itinerantes que tinham competência para ensinar essa arte. Eles se autodenominavam sofistas, sábios, aqueles que professam a sabedoria. Os mais importantes foram Protágoras e Górgias. Como mestres itinerantes, os sofistas faziam muitas viagens e, por esse motivo, conheciam diversos usos e costumes. Isso lhes dava uma visão de mundo muito mais abrangente do que tinham os atenienses da época e lhes permitia mostrar a seus alunos que uma questão podia admitir diferentes pontos de vista. Um dos princípios propostos por eles era o de que muitos dos comportamentos humanos não eram naturais, mas criados pela sociedade. Como exemplo, citavam o ”sentimento do pudor”. Contradizendo os atenienses, que acreditavam que fosse algo natural, os professores de retórica afirmavam, por experiência própria, que, em muitos lugares por que tinham passado, a exposição de certas partes do corpo e certos hábitos tidos lá como normais, se vistos em Atenas, causariam perplexidade e constrangimento. Foi esse tipo de pensamento que deve ter provocado a célebre afirmação de Protágoras: O homem é a medida de todas as coisas, que o levou, inclusive, a afirmar que o verdadeiro sábio é aquele capaz de julgar as coisas segundo as circunstâncias em que elas se inserem e não aquele que pretende expressar verdades absolutas. A retórica, ao contrário da filosofia da época, professada principalmente por Sócrates e Platão, trabalhava, pois, com a teoria dos pontos de vista ou paradigmas, aplicados sobre os objetos de seu estudo. Por esse motivo, foi inevitável o conflito entre retóricos ou sofistas, de um lado; e os filósofos, de outro, que trabalhavam apenas com dicotomias como verdadeiro/falso, bom/mau etc.

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