EBOLA EVIDENCIA O RACISMO BRASILEIRO

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - UCS

Leitura e escrita na formação universitária

Horário: 68/69

Professora: Cristina Loff Knapp

Aluno: Volmar Mendes Carvalho

Data: 20/10/2014

EBOLA EVIDENCIA O RACISMO BRASILEIRO

O artigo da Agência Brasil publicado no sítio do Correio Brasiliense em 16/10/2014 relata que imigrantes haitianos e africanos estão sendo discriminados na cidade de cascavel, Paraná, em razão da suspeita de contaminação pelo vírus Ebola.

O suspeito de contágio era africano da Guiné. A imprensa expôs o paciente numa clara afronta aos princípios constitucionais de defesa da dignidade humana. No momento em que mais ele precisava de privacidade por ser um possível portador de doença gravíssima, que leva à morte, foi quando seu rosto, sua identidade, foi revelada por toda a mídia da região.

Com esse estímulo, aflorou o racismo abertamente na cidade. Os ataques discriminatórios e preconceituosos aos negros começaram nas redes sociais, se expandiram para as ruas, locais de trabalho, ônibus, comércio, etc.. O racismo institucionalizado se manifestou com as pessoas afrontando, xingando, ameaçando, estigmatizando todo e qualquer negro como responsável pela doença, como se fosse um rato transmissor da peste que temos que manter distância.

Isso, ainda que após o teste para comprovação  de contaminação por Ebola dar negativo, foi feito outro teste e foi confirmado que não era nada mais que uma forte gripe ou algo pelo estilo. Se fosse um branco, um suíço, por exemplo, gripado, no Paraná, não se faria tanto escândalo, mesmo que ele tivesse vindo de um país da África Ocidental. Mas como era um negro, a animosidade aflorou.

Ainda que o artigo da Agência Brasil seja um pouco confuso e dúbio, ele deixa transparecer a verdade: o racismo existe, e só precisa de um estímulo para se manifestar violentamente!

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