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Estudo Dirigido Sobre o Efeito de Real de Roland Barthes

Por:   •  27/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  599 Palavras (3 Páginas)  •  206 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO[pic 1]

INSTITUTO DE LETRAS

DISCILPLINA: TEORIA DA LITERATURA IV

PROFESSOR: MAURÍCIO CHAMARELLI

ALUNO: JOÃO MACIEL

                       

                      Estudo dirigido sobre o efeito de Real de Roland Barthes

Delineie, em termos gerais e com suas palavras, o modo como esse efeito de realidade é atingido pelo detalhe insignificante.

                         Em 1968, Roland Barthes, escritor, filósofo francês e que fez parte da escola estruturalista, influenciado pelo lingüista Ferdinand de Saussure, publica a obra “O efeito de Real’’. Respondendo a questão desse estudo dirigido de maneira objetiva, esse texto é inserido no estilo de época realista, numa tentativa de representar a realidade. Vários escritores do século XX, frequentemente denunciavam a futilidade e irrelevância da descrição realista, mas Barthes mostra a forma teórica em sua obra para essas reclamações, onde para ele nada pode ser supérfluo. Ele mostra que esse detalhe pretensamente ‘’insignificante’’ se encontra na obra de Flaubert, por exemplo, como elemento de uma realidade exterior, onde seu leitor não se daria conta de que estaria lendo um texto, e sua descrição teria seu caráter artificial reduzido, ocasionando um ‘’efeito de real’’.

                Como objeto de análise, o estruturalismo necessita comprovar que o supérfluo não é supérfluo e que os trabalhos literários que não seguem a regra do princípio estruturalista são válidos para a análise estrutural. O que é denominado supérfluo deve ser dado um lugar nessa estrutura. Barthes explica duas razões para o excesso realista: a primeira, ele mostra e dá sequência que vem dos tempos antigos, a tradição do discurso epidítico, no qual o objeto descrito tem menos valor do que o uso de imagens, mostrando a virtude do autor em nome do prazer estético. Em segundo, tem a função de comprovar, ou seja, se um objeto está em algum local apesar de não existir motivo para está lá, isso significa que sua presença é essencial, que está lá simplesmente por estar.

                Desde os tempos antigos, a ficção poética consistia em elaborar um enredo de verossimilhança, uma junção de ações, em contrapartida a História contaria os acontecimentos como eles aconteciam. Diante disso, o efeito de real separa-se da lógica da representação. Barthes se apega ao princípio realista da história, agarrando-se ao real enquanto real, onde o autor cria uma nova verossimilhança, oposta à antiga. Ele afirma que esta nova verossimilhança se torna o centro de uma ‘’fantasia’’do real, onde fica como exemplo, a fotografia, noticiários, o turismo dos monumentos e lugares históricos, etc. Com tudo isso, ele conclui: ‘’Tudo isto diz que o real é suposto bastar-se a si mesmo, que é bastante forte para desmentir qualquer idéia de função, que sua enunciação não tem nenhuma necessidade de ser integrada numa estrutura e que o ter-estado-lá das coisas é um princípio suficiente da palavra. (pg42)’’

   

                   

                 

Referências:

.<https://drive.google.com/file/d/1X9dRYeN4K1rHojgdObkg5oX2e4XPpfkP/view> consulta dia: 09/05/2021

<https://abralic.org.br/anais/arquivos/2017_1522192110.pdf>

consulta dia:09/05/2021

<https://www.youtube.com/watch?v=O_cFpoTnKPM>

consulta dia: 09/05/2021

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