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Estudos Sobre a Educação Bilíngue Escolarização Em Contextos de Minorias Linguísticas No Brasil

Por:   •  7/4/2017  •  Ensaio  •  864 Palavras (4 Páginas)  •  359 Visualizações

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Estudos sobre a Educação Bilíngue Escolarização em Contextos de Minorias Linguísticas no Brasil

A autora se propõe a analisar a educação bilíngue em contextos de minorias linguísticas e para isso organiza o texto em três partes. Na primeira parte enfatiza o cenário sociolinguístico brasileiro, a segunda parte versa sobre os estudos sobre educação em cenários bilíngue/multilíngues e também sobre o bilinguismo de minorias linguísticas e na terceira parte procura-se estabelecer relações entre o cenário sociolinguístico apresentado e a formação de professores.

No que se refere ao cenário sociolinguístico brasileiro, observa-se que existe o mito do monolinguismo no país, tal mito é muito eficaz para apagar as minorias (nações indígenas, comunidades de imigrantes e comunidades falantes de variedades desprestigiadas), uma vez que se apregoa que todos falamos uma única língua e não se aceita a existência de outros falares do nosso cotidiano. Quando se fala de bilinguismo logo este é associado a línguas de prestigio, como o inglês por exemplo, pois traz mais prestigio ao indivíduo dizer que sabe falar inglês do que falar que sabe a língua indígena. Outro fato relevante é que esses contextos de minorias bilíngues acabam ficando invisíveis, por não serem reconhecidos, na verdade a sociedade faz é questão de escondê-los, deixá-los na obscuridade.

No Brasil assim como em outros países, o que predomina é o cenário monolíngue, o monolinguismo é que a base para os estudos linguísticos, sendo que observa-se que deveria ser diferente e que o monolinguismo deveria ser tratado como o desvio de norma, uma vez que não vivemos em ambientes monolíngues, já o bilinguismo deveria ser a norma. O país está permeado de contextos bilíngues, que de alguma maneira também são bidialetais, uma vez que contemplam alguma variedade de baixo prestigio do português ou de outra língua que convive com a que consideramos padrão.

A autora passa a enfocar estes contextos e evidenciam os seguintes: contextos indígenas, de imigração (pessoas de outros países que vem morar no país), de fronteira (fronteiras com outros países), comunidades surdas (que sofrem apagamento e minimização de sua importância); bidialetais/rurbanos (maioria da população dentro e fora da escola).

Acerca desses contextos bidialetais observa-se que este é maioria nas escolas, mesmo sendo ignorado ou apagado e assim se tem a impressão de vivermos numa sociedade monolíngue. As comunidades rurbanas são exemplos desses contextos, que são formadas por populações de origem rural que estão vivendo na cidade, convertem-se em maiorias tratadas como minorias, e estas se veem vítimas de zombarias e preconceito devido a sua fala, assim estes indivíduos acabam achado que existe algo de errado com o seu falar.

Ao se tratar da educação bilíngue no Brasil, fica evidente que a educação bilíngue não é reconhecida e muito menos se encorajada em contextos de minorias linguísticas, sendo que a exceção que se conhece são as comunidades indígenas, a educação indígena é reconhecida na Constituição de 1988, mas uma coisa é ser reconhecida e outra bem diferente é se tornar realidade e esta educação continua sendo invisível.

Um ponto que existia (existe) em comum entre as escolas indígenas e as localizadas em zona rural é o fato de serem

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