FICHAMENTO EDUCAÇÃO COMO PRATICA DA LIBERDADE

Educação como prática de liberdade – Cap. 1 A sociedade em transição

Paulo Freire

RESUMO

O autor inicia falando sobre a relação que o homem tem com o mundo, não só de contato mas de interação, fazendo com que o homem através dessa relação conheça e faça parte dessa realidade. E há várias vertentes na relação do homem com o mundo, sendo respondida de acordo com cada desafio proposto, obtendo assim inúmeras perguntas e respostas para cada solução. Comenta como só o homem é capaz de ir além nessas relações com o mundo, não só pela sua qualidade “espiritual”, onde se auto-objetiva-se, mas por se achar um ser inacabado, possuindo uma ligação forte com o seu Criador. Ligação esta denominada como libertadora chamada de Religião. Não devendo provocar alienação, não viver apenas, mas fazer-se existir, indo além, discernindo e dialogando. Pois o homem, se diferencia dos outros seres pelo fato de conseguir alterar e interagir com o tempo, sua história. De não se contentar-se em permanecer estático, mas fazendo acontecer, interferindo na história, herdando aprendizagens e transmitindo suas crenças e vivências. Fala também do homem sujeito, não apenas se adapta, acomoda ou ajusta, mas que está junto ao contexto tem a liberdade para fazer parte dele e poder modifica-lo. Comenta das maiores tragédias do homem moderno que está se deixando ser oprimido e permitindo ser-lhe retirado a sua capacidade de decidir. Permitindo que as decisões sejam tomadas por uma elite que lhe diz o que deve ser feito e como agir, não sendo mais o sujeito de sua própria história. Se conformando em ser um eu de acordo com a expectativa alheia. Também comenta sobre uma fase transitória onde o Brasil, transformava seu educador, como um sujeito passivo e que o mesmo tinha que apenas dar o conteúdo específico. Provocando alienação cultural, também ocasionada pela Elite e que a mesma se tornava bem distante do povo. Colocando sobre o povo, tarefas de apenas seguir e obedecer. Isso teve um início de transformação com as mudanças na economia e inicio da industrialização, mas que com o Golpe do Estado essa transformação quase não pode ser realizada. Assim nasceu a opção para mudar a História, para combater aqueles que os submetiam a alienação e estagnação, em busca de mudanças e retomada da liberdade e democratização.

“No jogo constante de suas respostas, altera-se no próprio ato de responder. Organiza-se. Escolhe a melhor resposta. Testa-se. Age. Faz tudo isso com a certeza de quem usa uma ferramenta, com a consciência de quem está diante de algo que o desafia. Nas relações que o homem estabelece com o mundo há, por isso mesmo, uma pluralidade na própria singularidade.” Pag. 40

“Portanto, enquanto o animal é essencialmente um ser da acomodação e do ajustamento, o homem o é da integração.” Pag. 42

“Uma das grandes, se não a maior, tragédia do homem moderno, está em que é hoje dominado pela força dos mitos e comandado pela publicidade organizada, ideológica ou não, e por isso vem renunciando cada vez, sem o saber, à sua capacidade de decidir. Vem sendo expulso da órbita das decisões. As tarefas de seu tempo não são captadas pelo homem simples, mas a ele apresentadas por uma “elite” que as interpreta e

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