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FICHAMENTO DE ARTIGO: “Conhecendo um programa de liberdade assistida pela percepção de seus operadores”.

Por:   •  13/4/2015  •  Artigo  •  1.465 Palavras (6 Páginas)  •  519 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP

FICHAMENTO DE ARTIGO:

“Conhecendo um programa de liberdade assistida pela percepção de seus operadores”.

BAURU – SP

2015


LAIZ DE SOUSA NASCIMENTO

FICHAMENTO DE ARTIGO:

“Conhecendo um programa de liberdade assistida pela percepção de seus operadores”.

Trabalho realizado para a disciplina de Psicologia Comunitária, apresentado ao professor

BAURU – SP

2015


        Conhecendo um programa de liberdade assistida pela percepção de seus operadores (pp. 330 – 345).

        PASSAMANI, Maria Emília e ROSA, Edinete Maria. Conhecendo um programa de liberdade assistida pela percepção de seus operadores. Psicol. cienc. prof. [online]. 2009, vol.29, n.2, pp. 330-345.

        O programa se desenvolve baseado nos problemas com adolescentes que estão em conflito com a lei, e a falta da mídia que não mostra o investimento que alguns programas investem em adolescentes que precisam de um rumo diferente em suas vidas, por isso foi desenvolvido esse artigo em um estudo com o Programa de Liberdade Assistida Comunitária Casa Sol Nascente, no município de Serra/ES.  

        Em levantamento realizado pelo programa, os adolescentes que acompanham o programa, do total de 91 adolescentes apenas 13 deles voltaram a cometer atos infracionais.

        A criação do programa tem parceria com a Pastoral do Menor e o Ministério da Justiça, e acompanham adolescentes de 12 a 18 anos, antes eram apenas adolescentes sentenciados pela Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida, após um ano passou a atender adolescentes da Medida Socioeducativa de Prestação de Serviço à Comunidade devido a um índice de muita violência no município.

        Juventude e violência, esse é um tema prioritário na sociedade e pesquisas mostram que a violência esta mais enraizada em jovens de 15 a 24 anos, do sexo masculino e são pobres e negros, podemos dizer que esses jovens são vítimas de uma sociedade no meio do tráfico, a integração no mundo do crime é difícil, os jovens precisam ter coragem para enfrentar as regras impostas, essas regras estão permeadas por medo, fugas, torturas, humilhações e mortes.

Essa violência tem mobilizado pesquisadores a compreensão desse fenômeno, e estudos comprova a importância da família na influência da integração desses adolescentes na violência.  Os riscos que ingressam a violência são a história familiar em que não há afeto, amor, pouco diálogo, sem monitoramento de atividades, muitas vezes existem também pais em atos infracionais.

Mais pesquisas realizadas com outros adolescentes mostraram um índice de criminalidade do pai, histórias de fugas de casa, histórias de agressão, e a pouca idade de inserção na violência. Há também o problema do trabalho precoce entre esses adolescentes, a falta de escolaridade e uma realidade precária nas famílias, aumentando o índice de números de internos, na Unidade de Internação do Estado, provocando uma superlotação, pesquisa revelada pelos Dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Previdência da República (SEDH), claro que esse índice de jovens delinquentes mostra através de respostas deles, que a maioria sofreu de eventos traumáticos em suas vidas.  

Em relação às redes de apoio social dos adolescentes é preciso uma boa formação e fortalecimento, com uma atenção em especial a esses adolescentes e um bom relacionamento familiar, é necessário uma escolha minuciosa dos operadores, para que sejam bem treinados a saber realizar cobranças de condutas e comportamentos desses jovens, para que esses não sofram relações estressantes. Em outra pesquisa, constatou que o regime parcial de liberdade reduziu o número de adolescentes na rede de apoio.

A proposta pedagógica que fundamenta o trabalho com adolescente em autoria de ato infracional: a questão socioeducativa.

É trabalhado em cima do artigo 112 que são medidas socioeducativa para adolescentes que cometeu atos infracionais, uma das medidas é a liberdade assistida e têm por objetivo reforçar os vínculos entre o socioeducando, seu grupo de convivência e sua comunidade. O adolescente que cumpri a liberdade assistida se relaciona com o conceito “probation”, esse período é acompanhado pelo orientador denominado “probation officer”, esse orientador precisa ser capacitado para seguir o caso de acordo com o artigo 119. A liberdade assistida é imposta no prazo mínimo de seis meses, podendo ser prorrogado pelo Ministério público, o orientador e o defensor.

Aos adolescentes que cometeram atos infracionais, o ECA os responsabiliza por seus atos por meio de ações sociopedagógicas, demonstrando que esses jovens estão em um momento especial, em um processo de desenvolvimento. A intenção é incluir esses jovens na comunidade, dar-lhes oportunidade de mudar sua própria realidade, e que eles se encaixem como cidadãos com direitos e deveres a cumprir na sociedade, para isso o conteúdo pedagógico se desenvolve através do artigo 6º do Estatuto: os fins sociais a que o ECA se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, a condição peculiar do adolescente como um ser em desenvolvimento.

Esse processo pedagógico que trás um projeto de vida, a oportunidade de inclusão desses jovens infratores, porém é necessário encarar um desafio de transformação das pessoas juntamente com a sociedade, que eles não acontecem sem que haja vontade e ação dos indivíduos, esse processo se desenvolve cidadãos éticos, sem discriminação de raça, de gênero ou classe.

O esquema da comunidade é de intensa atividade, planejamento e acompanhamento com os familiares do adolescente, que devem se comprometer com o processo socioeducativo desse adolescente.

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