FICHAMENTO - O BELO DOCE E MEIGO CASEMIRO DE ABREU (ANTÔNIO CANDIDO)

FICHAMENTO - O BELO DOCE E MEIGO CASEMIRO DE ABREU (ANTÔNIO CANDIDO)

1. Citações diretas.

“A obra de Teixeira de Melo, fácil e plangente, ilustra bem a privação do sublime, com que se acomodou o temperamento artístico eminentemente "doce e meigo" de Casimiro de Abreu, o maior poeta dos modos menores que o nosso Romantismo teve”

“O fato dessa natureza amaciada existir denota o caráter concreto da sua poesia, que, apesar de intensamente subjetiva, se alia à realidade duma paisagem despojada de qualquer hipertrofia, em benefício da atmosfera tênue dos tons menores. A este amaneiramento da matéria poética, corresponde amaneiramento paralelo da forma”

“Efetivamente, Casimiro desdenha o verso branco e o soneto, prefere a estrofe regular, que melhor transmite a cadência da inspiração "doce e meiga"

“Sob este ponto de vista, não seria exagero repetir que foi, dos ultrarromânticos brasileiros, o único plenamente realizado, ao exprimir os intuitos que animaram o seu estro, por meio de uma forma perfeita na sua limitação”

1. Texto crítico

O autor começa o texto expondo algumas opiniões sobre o estilo estético de Casimiro de Abreu. Segundo ele, Casimiro é o maior poeta dos menores que nosso romantismo teve. Continuando, segundo ele, Casimiro é extremamente romântico, sempre colocando em seus poemas um sentimento imediato, sendo suave, sincero, conseguindo colocar em seus versos sentimentos em comum sentidos pelos corações humanos.

Casimiro contribuiu bastante com seu grande talento poético por fixar os aspectos do amor romântico, a tristeza da posse que não se alcança e a ironia da posse disfarçada.

Concluímos que Cândido enxerga Casimiro como um poeta sentimental que consegue em seus poemas expressar os sentimentos com sutileza, como o próprio Cândido diz em seu texto sobre Casimiro, temperamento artístico eminentemente "doce e meigo”.

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