ABREU, Antônio Suárez Técnica de Redação Fichamento
Por: mourasantosum • 11/9/2016 • Trabalho acadêmico • 2.243 Palavras (9 Páginas) • 869 Visualizações
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Câmpus do Pantanal
Fichamento do Livro
“Curso de Redação”, de
Antônio Suárez Abreu
Acadêmico: Sandro Moura Santos
Professora: MSc. Elaine Aparecida Cancian de Almeida
Curso: Letras – Português / Espanhol
Período: 1º Semestre
ABRIL / 2010
Produção de Texto | Técnicas de Redação |
ABREU, Antônio Suárez. Curso de Redação. 3 ed., São Paulo: Ática, 1991, 144p.[1]
Primeira Parte, p. 7
1. Discurso, Texto e Enunciação, p. 9.
Nesse capítulo, o autor conceitua texto, enunciação e discurso.
Segundo ele, texto é todo ato verbal que envolve um emissor e um destinatário, isto é, por meio do ato verbal, o autor comunica uma informação ao destinatário: “Aquilo que o emissor (...) disse ao destinatário (...) é um texto.” (ABREU, 1991, p. 9).
Como enunciação, o autor denomina a intenção com que o emissor produz o texto, “Essa intenção do emissor (...) é chamada de enunciação ou ato ilocucional.” (Idem, p. 9). A enunciação não está necessariamente expressa, de modo que a compreensão do texto envolve a percepção, por parte do destinatário, do conteúdo explícito e do implícito. Geralmente é isso que ocorre nos pedidos ou nas perguntas indiretas: “Imaginemos que alguém se dirige a uma faxineira, apontando um cinzeiro cheio de pontas de cigarro, e diz: O cinzeiro está cheio. É óbvio que o objetivo desse alguém (sua enunciação) foi dar ordem à faxineira de esvaziar e limpar o cinzeiro [sic].” (Idem, p. 10).
Quanto ao discurso, Abreu o conceitua como um processo dinâmico que tem início quando o emissor produz o texto, mas que só termina quando, e todas as vezes em que, o destinatário realiza a decodificação. Nesse sentido, a codificação pode ser simultânea, como nos textos orais (conversas, programas de televisão ou de rádio), ou pode encerrar um lapso de tempo de duração bastante variável entre uma e outra etapa, como é o caso dos textos escritos: “Podemos dizer que o discurso da Odisséia de Homero [sic] teve início quando Homero produziu o texto da Odisséia, mas só se completou em cada um dos momentos em que seus leitores cumpriram a sua parte de ler a Odisséia.” (Idem, p. 11).
2. Textualidade e Coesão. Mecanismos de Coesão Textual, p. 12.
Abreu define textualidade como a trama semântica criada pelo encadeamento entre as frases do texto: “Um texto não é uma unidade construída por uma soma de sentenças, mas pelo encadeamento semântico delas, criando, assim, uma trama a que damos o nome de textualidade.” (ABREU, 1991, p. 12); e a esse encadeamento, uso dos elementos de referência, dá o nome de coesão textual: “O encadeamento semântico que produz a textualidade se chama coesão. (...) que se trata de uma maneira de recuperar, em uma sentença B, um termo presente em uma sentença A.” (Idem, p. 12).
Na sequência do capítulo, são enumerados e exemplificados os principais mecanismos de coesão textual: a referenciação, a elipse, a coesão lexical e a substituição (emprego de verbos vicários). Ao final, o autor enfatiza a necessidade de concordância entre o termo da sentença A e o elemento que recupera esse termo na sentença B.
3. Articulação Sintática do Texto. Usos dos Operadores Argumentativos, p. 22.
Nesse capítulo são estudados os mecanismos que ligam sintaticamente as sentenças umas às outras (coordenação e subordinação), estabelecendo as mais diversas relações de sentido. Assim, são apresentados alguns modelos de articulação sintática: de oposição – coordenação adversativa e subordinação concessiva; de causa; de condição; de finalidade; e de conclusão.
Para cada um dos tópicos anteriores, é apresentada uma lista de operadores discursivos correspondentes (conjunções, locuções conjuntivas, preposições, locuções prepositivas, advérbios e locuções adverbiais).
4. Coerência Textual. Macroestrutura dos Textos Argumentativo e Narrativo, p. 29.
No capítulo 4, são apontadas e analisadas as etapas necessárias à progressão textual nos textos dissertativo e narrativo. Para a macroestrutura do texto dissertativo-argumentativo, essas etapas são, de acordo com Abreu, tema e problema, hipótese, tese e argumentação; e, para a macroestrutura do texto narrativo, a estrutura dos plots. “(...) um texto argumentativo coerente será aquele que se articular em tema, problema, hipóteses, tese e argumentação. Um texto narrativo (dramático) coerente será aquele que fizer uso adequado dos plots para compor sua estrutura. (ABREU, 1991, p. 36).
No texto argumentativo, uma vez definido o tema, deve-se levantar, dentro deste, uma problemática sobre a qual versará a redação: “Um texto argumentativo implica sempre, inicialmente, um tema e um problema. Sobre um tema (...) podemos colocar uma porção de problemas (...). [O autor] Escolhe um deles (...) e o desenvolve.” (Idem, p. 32). Depois disso, formulam-se hipóteses para a solução do problema abordado. A melhor, ou a mais conveniente, delas é transformada em tese, isto é, na ideia central do texto: “As hipóteses são as possíveis respostas que podemos dar como solução de um dado problema. (...) O passo seguinte (...) é escolher a melhor hipótese, que passa a ser batizada (...) com o nome de tese.” (Idem, p. 32-33). Quanto à argumentação, trata-se de selecionar informações que darão sustentação à tese durante o desenvolvimento do texto: “Geralmente, a argumentação se faz atacando as hipóteses rejeitadas e defendendo a escolhida” (Idem, p. 33).
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