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FUNDAMENTAÇÃO TCC ENSINO DA GRAMÁTICA

Por:   •  29/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.146 Palavras (9 Páginas)  •  380 Visualizações

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  A educação sempre esteve presente na vida humana, embora nem sempre com os mesmos significados e sentidos, é na convivência familiar que temos os primeiros contatos com o mundo, conhecimento de mundo, dessa forma ao ingressar na escola, vamos tomando posse de todo saber construído pela sociedade ao longo dos anos, articulando com a diversidade cultural, de discentes oriundo de diferentes meios sociais.

As condições dramáticas dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, onde crianças muito pequenas têm que trabalhar para sobreviver, onde os professores do ensino fundamental ganham salários degradantes, onde os direitos humanos mais elementares são negados, barram qualquer motivação para aprender a ler e escrever. A maioria das famílias destas crianças, mesmo se um dos pais reconhece umas poucas palavras, pratica unicamente seus mais rudimentares usos sociais, valendo-se de algumas estratégias que estão muito distantes dos princípios dos sistemas alfabéticos.   (SCLIAR-CABRAL, p.41)

Alfabetizar crianças exige considerar essas vivencias para que todo esse processo tenha sentido, significado não se torne apenas mero processo de repetição e códigos e signos, assim cabe ao alfabetizador munir-se de vasto conhecimentos relacionados a arte de ensinar, para reduzir ao mínimo possível a não aprendizagem.

Dessa forma faz se necessário explorar diversas ferramentas didáticas para assim em uma linguagem adequada a compreensão dos alunos garantir a efetivação dos diretos de linguagem conforme estipulados com o Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), que visa garantir a alfabetização de crianças até 08 anos de idade.

Nessa perspectiva ensinar linguagem se torna uma grande responsabilidade, engloba conceitos fonológicos relaciona a fala com a escrita, morfológicos refere-se a separação a junção e sintáticos concordância verbal e nominal, considerando que discentes com acesso mais limitado da norma culta em sua vivencia familiar, muito interfere na aprendizagem do português padrão, como propõe Azeredo (1995, p.13) “A sintaxe é parte do sistema da língua que permite criar e interpretar frases, mas de fato, a sintaxe não explica tudo na criação e interpretação de frases ”.

Dessa forma entendendo o sintaxe como coerência, concordância e coesão do texto, como de fundamental importância para ensinar crianças no início do processo de alfabetização que estão iniciando o processo de leitura e de escrita, pois frequentemente as falas são transpostas para escrita com frequente erros gramaticais e ausência de sintaxe, não se considera fundamental ater-se nessa fase as regras gramaticais, mais sim explorar textos contextualizados e a leitura.

Para que se tenha coerência, coesão e concordância na escrita de frases é necessário iniciar a estimulação desde cedo da produção textual sendo ela incialmente realizada por escriba, e de leitura. Desenvolver o hábito de leitura não tem outra forma senão a vivência, consequentemente a organização da produção textual e a melhoria na ortografia, não apresentando a gramática como separada desvinculada do texto, isto é não se separa a gramática da interpretação.

Destaca-se assim a importância do professor estar sempre em constante formação, abrindo mão do comodismo e conformismo como percebemos ao logo da história da educação. Não deixando de destacar a constante avaliação levando a auto-avaliação por meio dela será possível o docente refletir sobre sua prática a fim de perceber seu erro, para buscar um ensino mais contextualizado das normas gramaticais, priorizando a sua função comunicativa para que se perceba a diferença da língua escrita e língua falada e sabendo utilizá-las corretamente nos diversos contextos da sociedade.

Dessa forma, fica nítido a didática do docente voltada para desenvolvimento do habito de leitura possibilita a familiarização de palavras, seus significados e escrita, assim quanto mais exercitado o ato de ler, interpretar e escrever; menor será o erro, consequente maior será o desempenho nas avaliações externas governamentais propostas às escolas.

Frequentemente em escolas, serviço e até mesma no dia a dia de cada um, nota-se a ausência de palavras corretas, seja ela escrita ou falada. Dai pode se perceber se a pessoa possui em sua vida uma certa convivência com a leitura, pois é dai que a pessoa se habitua com a norma culta das palavras, mas isso não vem apenas de um aprendizado em escola e sim do meio social em que ela convive. Diante desse grande problema de saber falar correto ou não, é que foram surgindo inquietações sobre o ensino da gramática nas escolas, embora alguns teóricos defendem a ideia de que falar errado é um preconceito linguísticos, e que a língua não deve ser considerada apenas como um conjunto de palavras que formam frase, que ela é um parte de nós mesmo e de nossa identidade cultural, (Irandé, 2007), contudo, eles também não descartam a possibilidade do ensino da gramática em sala de aula.

De fato, é um assunto que não agrada a muito, ou seja, para que ensinar a língua para quem são falantes nativos dela mesmo?  

Com a metodologia de ensino, muitos professores saem insatisfeitos de sala de aula, pois entende-se, não conseguir atingir seus objetos como  transmissor do ensino. Com essa realidade que permeia a vida escolar, percebe-se que muitos alunos têm dificuldades com a oralidade, não conseguem se expressarem em sala de aula principalmente dar ideias quando o assunto é relevante em raciocinar e argumentar.

É de grande importância saber o que acontece nesse processo de ensino, uma vez que quando o aluno chega à fase do ensino médio, ele se depara com essa problema, dificuldades com a escrita, embora o ensino de alfabetização foi passado a ele, mas as marcas da oralidade está presente em sua internalização linguística.

O ensino da gramática embora não aceito por muitos estudantes, ela não deve ser ensinada apenas em modo formal, e sim de uma forma prazerosa, que desperta o interesse do aluno, de modo geral, o ensino da gramática, na deve ser de fato ensinado de forma descontextualizada, e sim de forma que a percepção que o leve ao caminho do ensino gramatical.

Diante de fatos curiosos como as diversidades linguísticas, a escola recebe alunos com diversos vocabulários, de diferentes costumes e tradições, que muitas das vezes estas variedades fogem da norma padrão do ensino da gramática, e ela não está descartada de forma alguma, ao contrário, a escola não deve desprezar o ensino dessas regras e sim orientá-lo que em dependendo da esfera em que esteja este aluno, ele pode sim prestigiar essas variedades, (Irandé, 2007).

Um fato importante nesse processo de aprendizagem, é que quando o aluno chega ao 6º ano do ensino médio, ele se depara com o ensino da gramática, processo esse que acontece na transição de séries, problema este enfrentado, por que o professor que ensina a gramática, não é mais aquele que passava o conhecimento nas series iniciais, então ai é que surge um problema que pode ser facilmente identificado, por que alunos têm tanta dificuldade em aprender as regras da norma culta?

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