Fichamento Comentado do Capítulo Termos de Oração
Por: Anna Rodrigues • 5/10/2016 • Trabalho acadêmico • 1.409 Palavras (6 Páginas) • 2.291 Visualizações
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL[pic 1]
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE ESTUDOS DO XINGU
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS
FICHAMENTO
ACADÊMICA
ANA CARLA RODRIGUES FEITOSA
MATRÍCULA: 201441101052
SÃO FÉLIX DO XINGU – PARÁ
SETEMBRO/2016
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL[pic 2]
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE ESTUDOS DO XINGU
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS
FICHAMENTO
ACADÊMICA
ANA CARLA RODRIGUES FEITOSA
MATRÍCULA: 201441101052
Fichamento comentado do capítulo intitulado “Termos da Oração”, abordado por Maria Eugenia Lamoglia Duarte, apresentado à disciplina: Morfossintaxe II, ministrada pelo Professor Dr. Ananias Agostinho da Silva, no Curso de Licenciatura Plena em Letras – Língua Portuguesa, do Instituto de Estudos do Xingu – IEX, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – UNIFESSPA, como requisito parcial avaliativo. |
SÃO FÉLIX DO XINGU – PARÁ
SETEMBRO/2016
DUARTE. M.E.L. (2007) Termos da Oração. In: VIEIRA S. R. & BRANDÃO, S. F. (Orgs) Ensino de Gramática. Descrição e uso. São Paulo. Editora Contexto. pp. 186-204.
TERMOS DA ORAÇÃO
“Uma das dificuldades enfrentadas pelos que buscam entender a estrutura da oração com base nas gramáticas tradicionais é a forma pela qual se distribuem os chamados “termos da oração”. A clássica tripartição desses termos em “essenciais”, “integrantes” e “acessórios” não contribui para uma visão das relações entre os constituintes da oração, além de induzir o aluno a pensar que os chamados termos “essenciais” são mais importantes do que os demais. À imprecisão resultante do uso de tais adjetivos alia-se a falta de complementaridade entre os termos que compõem cada um dos três grupos: o “predicado”, por exemplo, é um termo “essencial”, enquanto os complementos verbais, que fazem parte do predicado, são termos “integrantes”. Finalmente, os grupos apresentam elementos que se situam em diferentes níveis da hierarquia sintática: os complementos verbais e nominais, de um lado, e os adjuntos adverbiais e adnominais, de outro, classificados entre os termos “integrantes” e “acessórios”, respectivamente, reúnem “termos” ligados ao verbo e ao nome.” (DUARTE, p. 1)
Comentário: Maria Eugenia L. Duarte adverte que uma das dificuldades dos que buscam entender a estrutura da oração com base na gramática tradicional, é a forma pelo qual é distribuída os “termos da oração”. A autora faz uma crítica à tripartição dos termos em essenciais, integrantes e acessórios, pois essa divisão não contribui para uma visão das relações gramaticais entre os termos constituintes da oração, que são eles: essenciais - sujeito e predicado; integrantes - complemento verbal e nominal são termos que entram na composição dos termos essenciais; acessórios - adjunto adverbial e adnominal. Aponta ainda, que devido essa divisão, o aluno será induzido a pensar que os termos “essenciais” são mais importantes que os demais.
“Além das dificuldades acima expostas, de caráter estrutural, temos dificuldades de ordem conceitual. É conhecida [...] a crítica que Perini (1985) faz às definições das gramáticas tradicionais, que misturam critérios semânticos e sintáticos. O autor é firme ao criticar a inconsistência de uma definição que prega ser o sujeito “o ser sobre o qual se faz uma declaração”, quando a própria gramática nos diz que há orações sem sujeito. Quanto ao predicado – “tudo aquilo que se diz do sujeito” – como aplicar a definição, se há orações sem sujeito? Uma simples investigação sobre o uso da língua revela que essa bipartição da oração em “sujeito” e “predicado” (com tais conceituações) só tem sentido num contexto em que alguém, por exemplo, pergunta “Cadê o João?” e obtém como resposta “O João emigrou para Portugal.” (DUARTE, p. 1)
Comentário: Duarte afirma que além das dificuldades expostas acima, de caráter estrutural, temos também dificuldades de ordem conceitual. Outra crítica apontada, mas desta vez por Perini, em relação ás definições das gramáticas tradicionais que apresentam uma mistura de critérios semânticos e sintáticos (estruturais), é de que a gramática tradicional prega que o sujeito é “o ser sobre o qual se faz uma declaração”, sendo que esta própria gramática posta que há orações sem sujeito. Já quanto ao predicado, que é “tudo aquilo que se diz do sujeito”, como aplicar essa definição se há orações sem sujeito?
“[...] quando se tem como propósito descrever e entender a estrutura da oração, é mais razoável olhar para o elemento nuclear que dá origem à oração, o “predicador”, e tratar o “sujeito” como um entre os vários termos articulados com esse predicador.” (DUARTE, p. 2)
Comentário: Duarte diz que o ponto de partida para entendermos a estrutura da oração é o elemento nuclear: o “predicador”, ou seja, o elemento que origina uma oração é o “verbo”. E que o “sujeito” é um entre os vários termos articulados com esse predicador.
CONFRONTO ENTRE ABORDAGEM TRADICIONAL E OUTRAS PERSPECTIVAS
Os núcleos da oração ou “predicadores”
“Ao contrário do que costumam fazer as descrições tradicionais, que sempre iniciam as lições de análise sintática pelo “sujeito”, comecemos nossa reflexão pelo “predicado”. Por que será que a Gramática Tradicional (GT) classifica os predicados em “verbais”, “nominais” e “verbo-nominais”? [...] porque neles se encontram os elementos que projetam os constituintes centrais da oração, incluindo o próprio sujeito. A esses elementos chamamos “predicadores”, que são responsáveis pela estrutura principal da oração. [...]” (DUARTE, p. 2)
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