Fichamento romantismo
Por: luizanoel • 22/8/2017 • Trabalho acadêmico • 722 Palavras (3 Páginas) • 977 Visualizações
Luiza Noel 09.03.2015
Fichamento – Romantismo
O século das luzes chega ao fim e começa a revolução Francesa que desencadeia certas mudanças no perfil político, social e cultural da Europa. O povo ganha destaque, os heróis solitários se tornaram elemento do passado, agora, quem faz a história pela força de sus braços e pela convicção de seus ideais é o indivíduo.
Com a Declaração dos direitos do homem e do cidadão os homens passam a ser livres e iguais em direitos (liberdade, a prosperidade, a segurança e a resistência à opressão). Agora o homem é cidadão, súdito das leis que existem para assegurar seus direitos desde que eles sejam a expressão da vontade geral.
Acontece uma revolução na produção artística pois quando a burguesia conquista espaço político, ela precisa criar suas próprias referencias artísticas e padrões estéticos que os diferenciem da nobreza deposta. Este movimento romântico interpreta a realidade pela emoção (expressão), originalidade e o subjetivismo, rompendo com a postura racional da estética árcade. O esforço individual, a sinceridade e o trabalho passam a ser elogiados, substituindo a exaltação da nobreza pela a valorização do indivíduo e de seu caráter.
O filosofo Jean-Jacques Rousseau inspirou grande parte dos princípios românticos e ajudou a criar uma identidade burguesa. Nas obras literários, o indivíduo e toda sua complexidade emocional passam a ser valorizados, abolindo o controle racional. Além disso, é traçado o perfil de heróis que precisam agir, sofrer e superar obstáculos de todas as naturezas para se qualificarem como exemplares. Tornando a literatura muito importante para difundir os valores burgueses.
O desaparecimento dos mecenas contribui para profissionalização dos escritores, sendo assim pela primeira vez, escrevem para sobreviver, por isso além de divulgar os valores da burguesia, eles buscam divertir os leitores. Com o aumento da circulação dos textos, que passam a ser publicados em jornais e revistas, o número de leitores cresce muito.
Os burgueses que passam a ler os jornais e folhetins não tem a formação que os nobres tem, por isso preferem uma linguagem mais direta e passional que não tenha muita ligação com os padrões da herança literária. Deste modo, com a necessidade de conquistar o interesse dos leitores para vender suas histórias e garantir sua sobrevivência, os escritores atendem ao gosto pelo pitoresco e pela aventura, de modo que a leitura seja também um entretenimento.
O romântico considera a imaginação superior a razão e a beleza, por que ela não conhece limites, por isso a originalidade passa a orientar o olhar do artista para o mundo no processo da criação. Com isso, eles encontram na própria individualidade, traduzida nas emoções que sentem, as referências para a interpretação da realidade.
A mentalidade da sociedade que valoriza os processos racionas e as posturas coletivas é justamente a que o autor romântico deseja mudar e contra a qual se manifesta. Seu sentimento de desajustamento social e fruto do confronto entre seus valores que defende e os que organizam a sociedade em que vive. (Fuga da realidade) A morte passa a ser vista como possibilidade de fuga do real e por isso é idealizada. Ela se manifesta como opção de alivio para os males do mundo ou para o encontro definitivo dos amantes que foram separados pelos obstáculos da vida. E o mundo dos sonhos torna-se um espaço de fuga para o romântico, onde ele projeta suas utopias (sociais e pessoais), e o passado acolhe o olhar subjetivo desse autor que se sente deslocado na sociedade em que vive. Os temas medievais ressurgem com força total.
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